UNidos venceremos
Gustavo Gomes gustavo.gomes69@gmail.com 07.11.2010 Reparei que outros assuntos de última hora assumiram os holofotes de nossa política. Mas, será que ainda está em curso a apreciação do pedido de uma Força Multinacional de Estabilização para a Guiné-Bissau? Aquela que teria de tramitar pelos (tantos) diversos órgãos de soberania e Chefias militares? Humildemente gostaria de saber a quantas anda a chegada dessa Força que pudesse cumprir mandatos internacionais de prisão dos narcotraficantes, seus colaboracionistas e levar a julgamento assassinos infiltrados no governo e na sociedade da Guiné-Bissau. Força que garantisse a reconstrução das instituições soberanas do nosso Estado. Força que iniciasse as diretrizes de infra-estrutura, implementação do Estado de Direito e recomposição das Forças de Defesa e Segurança. Força que alentasse o regresso de valorosos guineenses para contribuirem na reconstrução e reconciliação Nacional. Força que de norte a Sul, leste a oeste, supervisionasse eleições realmente livres, justas e imparciais. Fico-me a perguntar se, (agora) estarei sozinho nesta questão. O Presidente da República é a favor, pois teria a segurança que diz necessitar. O Primeiro Ministro afirma que é favorável e que vai enviar (ou já enviou?) ofício nesse sentido para ser apreciado pela Assembléia Nacional. As Chefias Militares alegam que, como rege a Constituição, não irão, não podem e não devem opor-se ao que decidir o poder politico, e, ademais reconhecem a penúria e degradação em que se transformaram nossas Forças Armadas. Tudo para agradar e despistar a ONU, que por sua vez, diz precisar de um pedido formal do governo constituído da Guiné Bissau, para poder acionar a criação dessa Força. O governo constituído de Cuba ou do Irão também formalizaram pedido para estarem sob embargo economico? No caso inclusive a causar sofrimento às suas populações? A ONU realmente lembra que sua tardia ação e burocracia desencadearam os lamentáveis acontecimentos de Ruanda e Darfur? Será que a ONU culpa o governo da família Papa Doc porque nunca pediram uma força de intervenção que poderia ter evitado que o Haiti esteja na presente deplorável situação? Quantos anos ficou no poder o Sr. Charles Taylor (ex-presidente ditador da Libéria), até que pressões internacionais o obrigassem (ele jamais pediu) a deixar o poder para agora estar a ser julgado pelo Tribunal Penal Internacional? Os Organismos Internacionais querem nos mostrar que existem dois pesos e duas medidas? Como têm a desfaçatez de esperar que um Narco Estado (onde altos dignitários são impunemente assassinados), tome iniciativa de solicitar uma Força de Intervenção Estabilizadora que os venha prender ou levar a julgamento? A ONU ficou à espera que a Indonésia solicitasse a intervenção pela causa de Timor Leste? Não. Foram lá e só sairam depois do plebiscito em que a população timorense livremente manifestou o desejo de se tornar independente. Como podem notar, na verdade, estou aqui a instigar e incentivar a ONU a assumir sua responsabilidade de garantidora da Paz e Concórdia das Nações vale dizer dos seus respectivos povos. Por isso, agradou-me muito tomar conhecimento que a ONU defende uma ação Internacional mais robusta para “nomear e envergonhar” os cidadãos guineenses envolvidos nos tráficos ilícitos e vai pleitear a criação de uma vigilância internacional nas águas e espaço aéreo territorial da Guiné. Melhor isso do que a proposta angolana de doar ao Sr. Bubo Na Tchuto os barcos e fardamentos para fazer essa “vigilância”. Não deve ser à toa que os governantes guineenses e seus acólitos, estão com os nervos tão à flor da pele. Afinal, se surtir efeito esta estratégia de sufocação e impedimento de que produtos ilícitos cheguem ao território, os atuais “giradores de plataforma” vão estar “mais à vontade” para deixarem entrar a tão essencial Força de Estabilização que garanta a paz para seguirmos rumo ao nosso almejado desenvolvimento. Vamos continuar a trabalhar. E sempre atentos para que não pensem que esquecemos o “pão” só porque nos estão a dar, todos os dias um “circo” com muitas palhaçadas. Nha mantenhas. VAMOS CONTINUAR A TRABALHAR! Associação Guiné-Bissau CONTRIBUTO |