Os Partidos Políticos devem trabalhar permanentemente as suas ideologias, tendo em conta a identificação dos seus membros com a ideologia que os sustenta e orienta, visando sobretudo a conquista e o exercício do poder, em nome e ao serviço do Povo.
Essa identificação permite clarificar até que ponto há ou não assimilação da causa partidária por parte dos militantes (tendo em conta as linhas mestras constantes nos respectivos Estatutos, ou nos seus programas e manifestos eleitorais) e em função dos dados recolhidos, tirar ilações e tomar medidas correctivas se for o caso.
A melhor forma de se incutir a disciplina num Partido político ou em qualquer organização, passa pelo exemplo de quem dirige.
Quem dirige deve ser o primeiro a respeitar os Estatutos e a transmitir aos demais a necessidade desse respeito.
Quem dirige deve ser o primeiro a respeitar os demais, para que deles também receba respeito, mereça confiança e apoio na sua liderança.
A unidade na diversidade, tendo em conta o respeito pelo pluralismo de opinião no seio dos Partidos Políticos, deve ser encarada como vector principal na democratização interna dos próprios Partidos Políticos.
Não podemos falar de Estado Democrático quando os Partidos Políticos não se regem por práticas democráticas.
A penalização ainda que conste nos Estatutos deve ser considerada e aplicada apenas em casos extremos, pois que, o erro de qualquer um deve merecer avaliação, tendo em conta o princípio da recuperação da pessoa e o reforço da unidade no seio do Partido e não a sua fragmentação, através de “alas”.
Os Partidos Políticos devem investir no reforço de capacidades dos seus militantes/dirigentes, bem como na promoção dum ambiente de respeito, confiança e colaboração permanentes.
Trabalhar o Partido apenas face a conjunturas internas adversas não é a melhor forma de fortalecer os mecanismos estruturantes do Partido, nem de promover a necessária harmonização dos seus membros.
Positiva e construtivamente.
Didinho 21.12.2015