MOMENTOS POÉTICOS

COVID-19 ILAÇÕES

Sem a Natureza não há Nada!

Sem Pessoas não há Economia!

Preocupemo-nos pois

Com a Natureza

Com as Pessoas

E com a Economia…

Didinho 10.04.2020


A NOSSA DOR...

Quando souberes
Do que não padeço
E que me faz sofrer
Será provavelmente
A vez de eu saber
Do que não padeces
E que te fará sofrer
Entre a dor e a agonia
De ventos daqui e de acolá
Que nos despertam para a Vida
Na hora certa para a morte
Semeada e colhida a monte
Num chão colorido e paradisíaco
Feito mundo terra e pó
De mortais extra-terráqueos
Que nunca o amaram…

Didinho 06.04.2020

O DESPERTAR PARA A REALIDADE…

O DESPERTAR PARA A REALIDADE…
Parece que alguém despertou agora (só agora, porque já lhe convém), sobre as consequências de, a Assembleia Nacional Popular da Guiné-Bissau, o nosso Parlamento, continuar bloqueado, quando foi esse alguém a ordenar/instruir, o bloqueio do Parlamento, porque lhe convinha desde 2015 até ao dia em que começou a perceber que é um perdedor; que perdeu a sua oportunidade, que nunca soube aproveitar no dirigismo institucional, e político-partidário, incluindo a influência no controlo do Parlamento da Guiné-Bissau.
Agora, esse mesmo alguém, que passou a ser Presidente virtual do PAIGC na diáspora guineense em Portugal, mantendo-se também e virtualmente, como deputado da Nação, escolheu as redes sociais como novo “local de trabalho”, entre a sede do seu partido e a Assembleia Nacional Popular. A cada fim de sessão, vai-se despedindo com um convite “até para a semana”…
Qual é a competência e a capacidade de liderança de um político que não tem demonstrado outra coisa que não, falta de maturidade política e de sentido de Estado, através de uma postura arrogante, de permanente confrontação política e institucional, suportada por uma estratégia inaceitável de divisão da sociedade guineense?
Domingos Simões Pereira que nunca pensou na Guiné-Bissau e nos Guineenses, senão quando o que estava (e está) em causa, eram os seus interesses pessoais e de grupos, bloqueou o País, prejudicando todo um Povo desde que foi demitido do cargo de Primeiro-ministro da Guiné-Bissau por decreto presidencial, a 13 de Agosto de 2015.
Desacreditado e cada vez mais ignorado pela Comunidade Internacional, e pelos órgãos de comunicação social nacionais e estrangeiros, que deixaram de lhe dar “tempo de antena”, decidiu optar pela realização de vídeos para se fazer ver e ouvir, nas acusações vazias e sem provas que continua a fazer às entidades que actualmente dirigem a Guiné-Bissau, ignorando que ainda é, institucionalmente, Deputado da Nação e Presidente do PAIGC…
Decida-se homem: ou regressa à Guiné-Bissau e retoma as suas funções no Partido e no Parlamento; ou, optando por continuar em Portugal (um direito que lhe assiste), tenha ao menos a hombridade de se demitir dos cargos que ocupa institucionalmente, quer no seu partido, quer no Parlamento, e a partir daí, sinta-se LIVRE para opinar e criticar, na qualidade de simples cidadão guineense, um direito que também lhe assiste, como a todos os guineenses não condicionados por nenhum juramento de posse no exercício duma representatividade política e institucional.
Por via da gulodice pelo dinheiro, e atendendo à sua experiência em arruinar o tesouro público (quem não se lembra do famoso “Resgate aos Bancos Comerciais”, no valor de 52 milhões de euros, e do apetite indisfarçável, com as promessas dos fundos a disponibilizar pela “Mesa Redonda de Bruxelas – Março de 2015”?), Domingos Simões Pereira já está a insinuar que o actual Governo guineense vai se apropriar dos fundos a disponibilizar pela Comunidade Internacional, de apoio ao combate contra a pandemia COVID-19, ou seja, tudo o que ele faria, se estivesse como Primeiro-ministro… e por isso, quer que a Assembleia Nacional Popular acompanhe todo o processo relativamente a esses apoios.
Então, se o próprio Domingos Simões Pereira continua a dizer que houve um golpe de Estado na Guiné-Bissau, e a chamar Narco Governo Golpista, ao actual Governo, como é que apela à Assembleia Nacional Popular, o nosso Parlamento, para acompanhar as actividades relacionadas com a Administração Executiva do Estado, incumbidas ao Governo?
Se houve um golpe de Estado, mas o Estado continua a ter os seus 4 órgãos de soberania em funcionamento, de que golpe de Estado estamos a falar?
Em Setembro de 2016 escrevi um texto no qual chamava atenção para o bloqueio institucional da Assembleia Nacional Popular e suas consequências.
Faço questão de trazê-lo de novo aos leitores, para consulta, e ao Sr. Domingos Simões Pereira, em particular, para lhe reavivar a memória.
Afinal, como escrevi a 03.09.2014 o tempo deu-me razão: Há quem tenha VISÃO e há os que se ficam pela visão dos outros…! Didinho 03.09.2014
Positiva e construtivamente, vamos continuar a trabalhar!
Didinho 11.04.2020

A PROPÓSITO DO BLOQUEIO DA ASSEMBLEIA NACIONAL POPULAR

O País não pode parar, face ao bloqueio institucional da Assembleia Nacional Popular.

É um grande erro que o Parlamento continue bloqueado e esse erro deve-se às estratégias do PAIGC.

Quanto mais tempo ficar bloqueado o Parlamento, mais ilegalidades teremos e menos transparência haverá na gestão governativa, quiçá, na Administração do Estado.

Se o Parlamento não funciona, quem vai questionar a acção governativa e outras?

É que, para todos os efeitos, há um governo legitimado pela nomeação e empossamento presidencial, que não está legitimado pelo Parlamento, precisamente por via do bloqueio irresponsável do Parlamento.

Será que com o bloqueio do Parlamento, não há Governo?

Esse Governo, não tem estado, mesmo sem a confiança, quiçá, legitimidade parlamentar, a fazer acordos, a encetar iniciativas de âmbitos diversos, ainda que sem a tal legitimidade parlamentar?

Afinal, quem ganha ou perde com o bloqueio do Parlamento?

Vamos ser realistas e menos emotivos.

O Parlamento tem que funcionar, mesmo face à nova configuração parlamentar, para que o Interesse Nacional possa ser debatido, fiscalizado e avaliado tendo em conta a legalidade democrática.

Não é o bloqueio do Parlamento que garantirá a afirmação da normalidade constitucional e, muito menos, impedirá que uns e outros, em exercício de funções, continuem a prejudicar a Guiné-Bissau, antes pelo contrário, havendo bloqueio, deixa de haver fiscalização do Parlamento ao Governo e isso só beneficia os que neste momento estão a governar.

Por favor, vamos ser mais racionais, tendo em conta o Interesse Nacional. Basta de disputas desnecessárias, de bloqueios desnecessários e, prejudiciais ao País e aos Guineenses!

Positiva e construtivamente.

Didinho 14.09.2016


MÁSCARAS DE PROTEÇÃO NASAL E BUCAL, FAÇA VOCÊ MESMO. OS MENINOS DA SECUNDÁRIA TAMBÉM PODEM FAZER

MÁSCARAS DE PROTEÇÃO NASAL E BUCAL, FAÇA VOCÊ MESMO.

OS MENINOS DA SECUNDÁRIA TAMBÉM PODEM FAZER

Três condições são precisas para começar a fazer máscara de proteção nasal e bucal, a saber: ter claro os objetivos que se pretende com elas, escolher os materiais apropriados em função desses objetivos e dominar procedimentos ou técnica de confeção dos modelos pretendidos. Pode-se então colocar as seguintes questões: porquê, para quê e como fazer você mesmo uma máscara de proteção nasal e bucal?

A resposta as duas primeiras questões é que, nestes dias de ‘fique em casa’ por imperativo de saúde de todos, devido a  atual pandemia de coronavírus (SARS Cov2) causa da doença COVID-19 que não tem poupado muitas vidas humanas, o momento torna-se propício ao ensino-aprendizagem de como fazer máscaras de proteção de boca e nariz, mesmo sem ter uma máquina de costura, ou tê-la e ainda não saber mexer nela, tendo contudo a certeza que deve existir muitas casas onde uma máquina de costura não faz parte dos utensílios disponíveis.

E porque o saber não ocupa lugar, porque ensinar ou aprender é sempre útil, sem importar a idade ou o tempo, e ainda porque a necessidade é um fator de motivação.

Tendo em conta que a sensação de impotência e inatividade gera ansiedade e stress, perante grandes sofrimentos individuais ou coletivos, como é o caso da atual pandemia que por estes dias está a atormentar o mundo inteiro e para a qual ainda não foi encontrada uma solução garantida.

Por estas razões, e porque preparar-se para ajudar de alguma forma, dar qualquer contributo no combate ou na minimização dos efeitos negativos, ou na minimização das limitações e dos prejuízos inerentes as causas do sofrimento, ajuda em parte a aliviar o desconforto geral e beneficia a nossa saúde mental.

Mas afinal que objetivos e vantagens se pretende com as máscaras que protegem o nariz e a boca? Esta é a pergunta cuja resposta, mesmo dada as crianças, pode ser fator motivacional para elas também se interessarem por estas máscaras, para compreenderem situações concretas em que o seu uso é recomendo,  para aprenderem a usá-la para uma eventual situação em que possa ser necessário, e até mesmo para aprender a confecioná-las.

Os diferentes tipos de máscaras nasal e bucal são feitos com materiais de diversas qualidades, com ou sem acessórios, sob diferentes designs ou formas. São concebidas com objetivo de proteger o nariz e a boca contra poeiras, pó ambiental, cinzas de queimadas e pós-industriais diversos, como pó do cimento e de carvão. Também podem ser concebidas com objetivos de proteger contra ácaros, pólen, bactérias, vírus ou outros microrganismos presentes no ar que respiramos ou nas gotículas projetadas involuntariamente pela tosse ou espirros de pessoas infetadas com doenças contagiosas, como são os casos das gripes e da tuberculose pulmonar.

E porque respiramos pelo nariz e pela boca procurando apenas o oxigénio do ar e não quaisquer outros contaminantes, existem máscaras profissionais especificas com filtros de proteção contra líquidos, aquosos ou oleosos, contra partículas sólidas diversas, contra fumos de soldadura ou metálicos, contra vapores, aerossóis e gases, sejam gases ácidos e outros gases industriais diversos como do amoníaco, do formaldeído, do óxido de azoto, do dióxido de enxofre, do fluoreto de hidrogénio, etc., todos eles tóxicos para organismo humano mas que também são úteis e indispensáveis nas industrias que produzem muitas coisas que necessitamos e utilizamos frequentemente. A proteção contra partículas e gases radioativos também exige uso de máscaras com filtros específicos.

O uso da máscara pode ter, portanto, as seguintes finalidades:

a) a de proteger contra agressão externa quem lhe é recomendado seu uso;

b) a de proteger os outros da doença contagiosa de quem tenha que usá-la;

c) a de proteger nos dois sentidos.

A qualidade de uma máscara nasal e bucal depende sobretudo do material e acessórios utilizados na sua confeção e eventualmente do seu design, em conformidade com a finalidade pretendida. A qualidade é avaliada em função da capacidade de proteção ou segurança que confere, da sua respirabilidade e do seu conforto, sem excluir a sua possibilidade de reutilização e durabilidade.

Enquanto segue a recomendação ‘fique em casa’ aproveite para, entre outras tarefas, explicar as crianças acerca das máscaras nasal e bucal cujo uso de repente se generalizou, ajudando-as  assim a compreender melhor o momento atual do nosso mundo, para logo que tiver oportunidade, ensiná-las a fazer máscaras nasal e bucal simples, fazendo-as junto com elas, e com os meios ao seu alcance. Isto como tarefa alternativa e complementar ao estudo, dever escolar e doméstico. Vendo e fazendo que se aprende!

Se concordar com aquele espírito de que à perfeição só  se chega corrigindo erros e defeitos, e que de uma ideia pode nascer outras; e se estiver motivada ou motivado, pode então ensaiar a fazer 2 modelos de máscaras de proteção nasal e bucal a pensar que, na ausência de melhor, aquelas máscaras que conseguir fazer, com tecido apropriado e reutilizável, depois de lavada e passada a ferro, pode ter alguma utilidade.

 

VAMOS FAZER ENTÃO DOIS MODELOS / MÃOS À OBRA

MATERIAIS NECESSÁRIOS

(componentes da máscara e instrumentos de trabalho é o mesmo para os dois modelos)

Componentes da máscara nasal e bucal

– Tecido apropriado (ver detalhes em nota finais e recomendações)

– Linha (preferentemente da cor do tecido)

– Elástico para fixação

Instrumentos de trabalho necessários

– Agulha (s) (ou máquina de costura, se tiver possibilidade de usá-la)

– Tesoura

– Régua (preferível em vez de fita métrica)

– Papel tamanho A4 (é melhor papel mais firme ou cartão com mesmo tamanho)

– Ferro de passar roupa

 

Procedimento para fazer modelo 1 ‘Bico de Passarinho’

1 – A partir dos vértices do papel A4, marque 4 cm nas arrestas e trace uma linha entre os dois pontos, depois corte nessa linha eliminando os vértices iniciais. Fica assim com a forma e medidas standard para corte do tecido para uma máscara. (Ver Fig.)

2 – Nas 2 arrestas menores (as de largura) dobre bainhas de 1 cm uma primeira vez e uma segunda vez. Não faça dobra nas arrestas maiores (as do comprimento). Vinque as arrestas dobradas com ajuda de ferro de passar roupa. (Ver Fig.)

3 – Dobre o molde ao meio pelo comprimento e de maneira a continuar a ver as dobras da bainha. (Ver Fig.)

4 – Dobre juntando para cima os ‘vértices do fundo de saco’ por cima do tecido restante (Ver Fig.)

5 – Depois dobre as arrestas superiores a cada lado e fica com molde de um triângulo com dois lados iguais em V, e fechados e um lado aberto (abertura da máscara). (Ver Fig.)

6 – Dê pontos e cosa com agulha e linha (ou à máquina) toda as junções do tecido de forma a consolidar o modelo, começando pelas principais junções. Reforce estas junções principais. (Ver Fig.)

7 – Fixe o elástico já cortado à medida e de forma a passar atrás das orelhas e a unir um vértice ao outro da máscara. (Ver Fig.)

 

 

Procedimento para fazer máscara modelo 2 ‘Bico de Pato’

O ponto 1 é idêntico em ambos os modelos.

2) Nas 4 arrestas maiores, dobre bainhas de 1 cm uma primeira vez e uma segunda vez. Vinque essas bainhas dobradas com ajuda de ferro de passar roupa. (Ver Fig.)

3) Dobre o molde ao meio, pela largura, e de maneira a continuar a ver as dobras da bainha. (Ver Fig.)

4) Dobre elevando os ‘vértices do fundo de saco’ até nivelar todas as arrestas e fica com o modelo feito.  (Ver Fig.)

5) Dê pontos e cosa com agulha e linha (ou à máquina) toda as junções do tecido de forma a consolidar o modelo, começando pelas principais junções. Reforce estas junções principais. (Ver Fig.)

6) Fixe o elástico já cortado à medida, de forma a passar atrás das orelhas e a unir um vértice ao outro da máscara. (Ver Fig.)

PARA FAZER MASCARES DE DIFERENTES TAMANHOS

Para modelo 1 ‘Bico de Passarinho’

                           (O diâmetro de abertura da máscara depende da largura do corte e a profundidade depende do comprimento)

 

Tamanho de Máscara

 

Diâmetro de Abertura

 

 Profundidade Comprimento do tecido  

Largura do tecido

 

19 19 cm 9,5 cm 29 cm 19 cm
20 20 cm 9,7 cm 30 cm 20 cm
21 21 cm 10,5 cm 31 cm 21 cm
22 22 cm 11 cm 32 22 cm
23 23 cm 11,5 cm 33 cm 23 cm

 

Para modelo 2 ‘Bico de Pato’

(O diâmetro de abertura da máscara depende do comprimento do corte e a profundidade depende da largura)

 

Tamanho de Máscara

 

Diâmetro de Abertura

 

Profundidade

 

Comprimento do tecido

 

Largura do tecido

 

19 19 cm 8,0 cm 23 cm 18 cm
20 20 cm 8,5 cm 24 cm 19 cm
21 21 cm 9,0 cm 25 cm 20 cm
22 22 cm 9,5 cm 26 cm 21 cm
23 23 cm 10,0 cm 27 cm 22 cm

NOTAS FINAIS, RECOMENDAÇÕES E INFORMAÇÕES DIVERSAS

Acerca do tecido apropriado

Tem que ser hipoalérgico, que não desprende partículas, e ao mesmo tempo, um tecido sob o qual se consegue respirar; e quanto maior capacidade de proteção contra partículas de diferentes naturezas tiver, melhor.

Para máscaras cirúrgicas descartáveis são usados tecidos TNT ou TST (tecido não tecido ou tecido sem tecido).

Acerca da qualidade (eficiência de proteção) das máscaras

 Dependendo da sua capacidade de filtragem e penetração, existem diferentes tipos de máscaras:

Máscaras PFF1 protegem em 80% (são vulneráveis em 20%)

Máscaras PFF2 protegem em 94 % (são vulneráveis em 6 %)

Máscaras cirúrgicas (N95) protegem em 95% (são vulneráveis em 5%)

Máscaras PFF3 protegem em 99 % (são vulneráveis em 1%)

Máscaras P3 (têm filtro de proteção contra partículas líquidas, bactérias, vírus, dióxido de enxofre e óxido de azoto).          

Máscaras P3R e HF (são recomendados contra partículas sólidas e líquidas, gás de fluoreto de hidrogénio, vapores orgânicos, gases ácidos);

Máscaras K1 6054 (são recomendados contra amoníaco e derivados, gases ácidos, formaldeído);

Máscaras P1R 5911, P2R5925, P3R5935 com filtro de gás e vapor (são recomendados contra amoníaco e derivados, gases ácidos, formaldeído, partículas sólidas e líquidas).

Existem máscaras especiais com dispositivos purificadores do ar para uso de equipas de emergência contra agentes contaminantes químicos, biológicos ou radiológicos.

Contra coronavírus são recomendados os respiradores N95 ou PFF2, ou de qualidade superior, especialmente para os profissionais de saúde da linha de frente.

A higiene necessária no uso e manipulação das máscaras resulta extremamente importante, sobretudo quando o que se pretende é proteger-se contra agentes biológicos (bactérias e vírus).

Tenha presente que o uso das máscaras exige algum treino em relação a sua manipulação e higiene, e no contexto atual deve-se ter em conta que não exclui outras medidas, mas pelo contrario, deve ser encarado como um complemento de medidas como o uso correto e higiénico das luvas, o distanciamento social (permanência à distância de 2 metros de outras pessoas, sempre que possível) e medidas de isolamento social (‘fique em casa’, evite aglomeração ou ajuntamento de pessoas).

Estas medidas são difíceis para qualquer um, mas são extremamente úteis para poupar vidas, apesar dos danos que faz à economia. Mas a economia é feita essencialmente pelas pessoas e para as pessoas. Felizmente são encaradas como medidas necessárias, de carácter temporária e transitória, para que a vida continue.

Na próxima oportunidade daremos algumas notas acerca dos gases úteis, mas que podem ser perigosos para a saúde, que também exigem proteção com máscaras especificas para aqueles que estão expostos constantemente, seja por razões profissionais ou outras.

Agradecemos antecipadamente quaisquer observações ou contribuições no sentido de melhorar os procedimentos sugeridos ou o conteúdo das informações.

Dr. Carlos António Gomes – Médico

carlosagomes66@gmail.com

04.04.2020

 

Eng.º Augusto Ulique

NÃO AO RACISMO E À SEGREGAÇÃO PELA COR DA PELE, NA GUINÉ-BISSAU!

NÃO AO RACISMO E À SEGREGAÇÃO PELA COR DA PELE, NA GUINÉ-BISSAU!

Que vergonha! O PAIGC ou melhor, alguns dos seus militantes, devem estar desnorteados ao ponto de baterem no fundo, com atitudes desprezíveis, entre retóricas e incompetências que, por exemplo, levaram-nos ao primeiro golpe de estado na Guiné-Bissau, a 14 de Novembro de 1980, quando Nino Vieira, por não estar devidamente preparado e ao nível dos seus Camaradas com melhores preparações, preferiu dar-lhes o golpe para semear o caos e a impunidade que até hoje estamos a viver na sociedade guineense!

Cada vez que há conflitos ou crises no seio dos militantes do PAIGC, é a Guiné-Bissau e o seu povo quem paga o preço mais elevado com prejuízos incalculáveis. Já alguém colocou a questão de quantos prejuízos o nosso país sofreu com o conflito militar de 7 de Junho de 1998?

Se quiserem fazer um reajustamento no PAIGC que o façam mas com todos! Sem observância discriminatória à cor de pele, religião, ou estatuto social que cada militante do vosso partido tem ou ocupa na nossa sociedade.

Vocês que agora querem preconizar um Reajustamento no PAIGC, é bom saberem que há uma Constituição da República da Guiné-Bissau que não permite qualquer discriminação seja ela de quem for e de onde vier. Se se fala do racismo, essa vossa intenção de querer reajustar o vosso PAIGC desta forma é mais que racismo. É uma vergonha nacional!

Que Deus abençoe a Guiné-Bissau com todos os seus filhos sem qualquer discriminação.

Engº. Augusto Ulique

Flensburg /Alemanha 10.04.2020

PAIGC À MERCÊ DOS MESTIÇOS

ENTRE A MENTE E O ESPÍRITO, O DIREITO À VIDA EM DIGNIDADE

ENTRE A MENTE E O ESPÍRITO, O DIREITO À VIDA EM DIGNIDADE

Na nossa essência de Seres Humanos, Africanos e Guineenses, continuamos a recusar, intransigentemente, aceitar, reconhecer, e procurar soluções de cura, para os sintomas de males há muito diagnosticados, numa perspectiva social e cultural com que padecemos, e cuja terapia principal, reside na vertente educacional da Mente e do Espírito.

Vivemos e convivemos demasiadamente com a Política, em nome de um fanatismo político-partidário, indisfarçável e indesmentível, tendo em conta os interesses em jogo, seus efeitos e suas consequências, para o País, ignorando a Vida, o nosso Direito de Viver com, e em Dignidade, enquanto Seres Humanos, Africanos e Guineenses!

Ignorando a intoxicação e a contaminação mental e espiritual que se vai propagando e destruindo a nossa Sociedade, Doente de várias patologias, e cada vez mais vulnerável…

Positiva e construtivamente.

Didinho 06.04.2020

 

Guiné-Bissau

FIQUE EM CASA!

FIQUE EM CASA!
De regresso a Portugal, à minha casa e à minha família, desde o passado dia 21 de Março (proveniente da Bélgica, país onde tenho estado a trabalhar há oito meses), por razões que têm a ver com as medidas restritivas e preventivas decretadas pelo Governo belga, sobretudo, em matéria do distanciamento social, face à pandemia COVID-19, que limita, entre outros, a distância entre pessoas a um mínimo de metro e meio, o que, no exercício de actividades profissionais em equipa, é difícil de concretizar, entrei em isolamento profilático ao abrigo das recomendações da Direcção-Geral da Saúde, de Portugal que estabelece que:
“Independentemente da nacionalidade e do país de origem, quando entra em Portugal, é recomendado o isolamento profilático pelo período de 14 dias.”
Cumpridos esses 14 dias de isolamento profilático, de forma rigorosa e sem quaisquer sintomas de algum mal-estar relacionado com o meu estado de saúde, entrei na fase de cumprimento do estado de emergência decretado em Portugal, e que foi prolongado até 17 de Abril.
Estado de emergência que, contrariamente ao isolamento profilático, já me permite, por exemplo, sair à rua para ir comprar bens essenciais e regressar de imediato a casa, bem como, ir correr ou caminhar, respeitando o distanciamento social e todas as recomendações sanitárias no intuito de prevenir o contágio, por um lado, e, por outro, a propagação da doença.
O apelo “FIQUE EM CASA” é para respeitar e cumprir, até porque as excepções não fogem às regras, entre o Direito e o Dever do Cidadão, face ao estado de emergência em vigor.
Temos que ser prudentes, responsáveis e sensíveis para com a pandemia COVID-19, no intuito de evitarmos o contágio e, ou, a propagação da doença. Por isso e enquanto não há cura para a doença, a prevenção é a cura; o cumprimento das medidas restritivas, é a cura.
Não esperemos que a doença nos atinja, ou aos nossos familiares e amigos próximos, para nos despertarmos para a sua existência e consequência letal, pois será certamente tarde…
Positiva e construtivamente.
Didinho 06.04.2020

COVID-19: RESPEITAR O ESTADO DE EMERGÊNCIA!

COVID-19: RESPEITAR O ESTADO DE EMERGÊNCIA!

Reivindicar a defesa e a salvaguarda dos Direitos Fundamentais, mesmo na particularidade do decreto de um estado de emergência, é de se apoiar, porém, espera-se da parte de Todos, o devido Respeito pelas medidas restritivas decretadas, no âmbito da prevenção e da salvaguarda da Saúde e do Bem-estar de Todos.

Aqueles que se prontificam a criticar a actuação das forças de segurança, no cumprimento das normas decretadas pelo estado de emergência, também devem sensibilizar e informar os cidadãos quer sobre a pandemia COVID-19, quer sobre as medidas restritivas e preventivas decretadas.

Se há horários estabelecidos para a saída das pessoas à rua, para que possam vender seus produtos, ou fazer suas compras e regressarem às suas casas, há que respeitar esses horários, em nome da Saúde e do Bem-estar de Todos Nós!

Não desafiemos as autoridades policiais, para criarmos casos de politização da situação delicada que estamos a enfrentar por causa da pandemia COVID-19.

Dizer que as pessoas têm que ir à rua abastecer, não colide com as restrições impostas, que definem um período temporal para que todos tenham essa possibilidade.

Agora, dizer que as pessoas têm que estar na rua, porque é lá que garantem suas sobrevivências, não acho ser sensato.

Que me desculpem, mas não é por uma questão de insensibilidade, antes pelo contrário, a rua não emprega ninguém, e consequentemente, não paga salário a ninguém!

Se a nossa realidade social e cultural é distinta da de todos os demais países, até compreendo e aceito, mas há como dar a conhecer a quem decretou o actual estado de emergência, as deficiências e as lacunas do decreto relativamente a esse estado de emergência, para que essas deficiências e lacunas sejam corrigidas, melhoradas, para que facilitem ao invés de prejudicar, o comportamento e as atitudes individuais, de cada um, com ramificações entre as diversas Comunidades Populacionais da Guiné-Bissau, que constituem o nosso Povo!

Positiva e construtivamente.

Didinho 06.04.2020

CARTA ABERTA AO SR. DOMINGOS SIMÕES PEREIRA

CARTA ABERTA AO SR. DOMINGOS SIMÕES PEREIRA
Caro compatriota, Deputado da Nação e Presidente do PAIGC.
A Guiné-Bissau e os Guineenses aguardam pelo seu Compromisso Pátrio, pela sua Responsabilidade Cidadã, pelo seu Sentido de Estado, para que aceite fazer Parte do CORDÃO da UNIDADE NACIONAL, no intuito de, Todos Juntos, e tendo em conta as nossas realidades sociais e culturais, procurarmos encontrar e cimentar as Melhores Soluções/Medidas – Preventivas, de combate à propagação do Coronavírus na Guiné-Bissau, o ÚNICO INIMIGO COMUM, quer da Guiné-Bissau, quer da Humanidade, nesta fase de nossas vidas.
Por via disso, e perante a sua estratégia política recorrente, assente na demagogia, manipulação e instrumentalização do nosso Povo, com o consequente bloqueio Político, Institucional, Administrativo e Económico do País, solicitamos a sua Contribuição, no sentido de assumir Compromissos e Responsabilidades para com o nosso País e o nosso Povo, e mande “baixar as armas às suas tropas”, face à situação delicada e Global, da Pandemia COVID-19, que implica a União de Esforços de Todos Nós, não só pela nossa Guiné-Bissau, mas pela Humanidade!
Em nome da UNIDADE NACIONAL, visando o combate ao Coronavírus devemos abdicar de fazer Política nesta altura, que não, no âmbito da DEFESA do BEM-COMUM.
Não queremos que os Guineenses continuem divididos por via de manipulações e instrumentalizações políticas, tendo o Presidente do PAIGC como um dos novos activistas políticos e sociais guineenses, quando a Missão e os Objectivos dos Partidos Políticos não é o activismo político em nome pessoal dos seus dirigentes!
Mande baixar as armas às suas tropas, e pare de dividir os Guineenses!
Perante uma Ameaça Global, o ENTENDIMENTO, a UNIÃO, a COOPERAÇÃO e a SOLIDARIEDADE, GLOBAIS, são os principais trunfos na busca de soluções conjuntas sustentáveis e duráveis para o flagelo que mais aflige a Humanidade neste momento, incluindo obviamente, a nossa Guiné-Bissau.
O Secretário-geral da ONU, Engº. António Guterres pediu recentemente um cessar fogo mundial face à Pandemia COVID-19, tendo dito, citamos: “Está na hora de terminar os conflitos armados e de nos concentrarmos na verdadeira luta das nossas vidas… A fúria com que o vírus se está a espalhar mostra que continuar a fazer guerra é loucura”. Fim de citação.
Vamos mais longe para acrescentar ao apelo do Secretário-geral da ONU, a visão de que, para além dos conflitos armados, especificamente, TODOS os CONFLITOS, incluindo os Políticos, Institucionais, Sociais e Culturais, que bloqueiam Estados, suas Instituições e, consequentemente, prejudicam/impedem, a Paz Social, o Progresso e o Bem-Estar das suas populações, alegadamente sustentados em nome de inconsistentes ou incongruentes reivindicações pelo Estado de Direito Democrático, também devem terminar imediatamente, neste momento delicado para a Humanidade.
O momento não é para confrontação, mas sim, para Colaboração!
Nos dias de hoje, a guerra não é necessariamente uma realidade por via de conflitos armados.
Não se morre só por via dos conflitos armados!
Hoje morre-se mais, sobretudo, nos países menos desenvolvidos, e consequentemente, mais fragilizados, pelos efeitos consequentes dos conflitos políticos e institucionais, que bloqueiam Estados e suas Instituições, deixando as populações à mercê das catástrofes naturais, das doenças, da fome, da miséria e da pobreza, extremas.
A Guiné-Bissau não foge à regra, por via dos sucessivos bloqueios políticos e institucionais, que continuam a negar às Populações, o DIREITO À VIDA com DIGNIDADE!
Sr. Domingos Simões Pereira, reconsidere a sua ambição política, quiçá, a sua estratégia de confrontação permanente, visando apenas o poder, quando o que está em causa é o BEM-ESTAR COMUM, o INTERESSE NACIONAL, a HUMANIDADE, tendo em conta a actual conjuntura Global, de UNIÃO e SOLIDARIEDADE.
Aceite disponibilizar os seus conhecimentos, os seus recursos, em suma, as suas influências, ao serviço da Guiné-Bissau e dos Guineenses, nesta fase delicada que atravessamos.
“Liberte” os quadros de Saúde que podem e devem ser úteis à Saúde dos Guineenses, mas que, em nome da fidelidade aos Estatutos do PAIGC, estão reticentes em fazê-lo, por continuarem “reféns” das suas decisões enquanto Presidente do Partido!
Tem insistentemente repetido que possui um programa de combate ao COVID-19. Por que não o disponibiliza à Guiné-Bissau e à Humanidade?
Será por egoísmo, ou será apenas e só, politiquice entre a ignorância do ignorante cada vez mais ignorado, face a uns tantos ignorantes, cada vez mais desprezíveis…?!
Positiva e construtivamente.
Didinho 04.04.2020

COVID-19: A IMPORTÂNCIA DA CONCERTAÇÃO MULTIDISCIPLINAR NA TOMADA DE DECISÕES POLÍTICAS

COVID-19: A IMPORTÂNCIA DA CONCERTAÇÃO MULTIDISCIPLINAR NA TOMADA DE DECISÕES POLÍTICAS

Na Guiné-Bissau, face à pandemia COVID-19 e às decisões tomadas pelas entidades que dirigem o País, será que houve alguma preocupação em consultar Cientistas Guineenses, dentro ou fora da Guiné-Bissau, numa perspectiva Multidisciplinar, antes da tomada de decisões/medidas, restritivas, visando a prevenção e a não propagação do Coronavírus, sem ignorar a nossa realidade cultural e social, entre a fragilidade estrutural e infra-estrutural do Estado e a pobreza extrema que afecta a maioria das nossas Populações?

O poder político não deve ignorar a Ciência, quiçá, os Cientistas, nas tomadas de decisão política, face à conjuntura Global de Emergência, na qual, as decisões políticas devem ser tomadas sim, num contexto de legitimidade, mas, numa vertente de orientação científica multidisciplinar!

Quero para mim, a Guiné-Bissau que desejo para todos os meus irmãos Guineenses!

Positiva e construtivamente.

Didinho 04.04.2020

POLARIZAÇÃO DA SOCIEDADE GUINEENSE ATÉ NA DOENÇA COVID 19: PODE SER O FIM DE TUDO?

POLARIZAÇÃO DA SOCIEDADE GUINEENSE ATÉ NA DOENÇA COVID 19: PODE SER O FIM DE TUDO?

Nesta semana, na sequência das medidas de precaução adotadas contra a pandemia de COVID 19, um grupo de guineenses criou, no whatsapp, um espaço de debate e partilha de informações sobre COVID 19.

Na mesma semana, por coincidência, o executivo chefiado pelo senhor Nuno Gomes Nabiam, na sequência do decreto presidencial do senhor Umaro Sissoco Embaló, tomou uma série de medidas conducentes a prevenir a propagação e a reduzir, consequentemente, os efeitos desta pandemia.

Entre as quais, “desaconselha a aglomeração das pessoas em lugares públicos, inclusivamente nos mercados públicos”.

Nesta mesma semana, o magnata chinês, senhor Jack Má – patrão da Alibaba, fez um donativo à África, em materiais e equipamentos cujos números e rapidez de resposta, ultrapassam qualquer manifestação de intenção.

Em tempo recorde, houve apelos de muita gente, nas redes sociais, solicitando a mobilização de sinergias de quadros guineenses (médicos especialistas) capazes de contribuir para atenuar os efeitos da COVID 19, por outro lado, outros exigiam e apelavam rigorosamente ao cumprimento do papel dos deputados da nação face à situação vigente.

Como a velocidade da luz, verificou-se uma série de reuniões que culminaram na emissão de decretos e despachos de (nomeações e exonerações), uns aplaudindo, e outros estupefatos.

Nestes momentos de surrealismo consentido, realça pensar devagar e quiçá perguntar:

Afinal, a Guiné-Bissau apresenta uma “polarização extrema” até nas questões básicas, por quê?

Amigos polarizados!

Irmãos polarizados!

Tribos polarizadas!

Relações polarizadas!

Supremo Tribunal de Justiça polarizado!

Ministério Público polarizado!

Membros do governo polarizados!

Enfim, esta nossa Guiné-Bissau que uns dizem ser um (país rico), em termos de diversidade e biodiversidade e que nem, o conflito de 7 Junho de 1998, conseguiu dividir, não tem a mesma capacidade para reorientar a sua estratégia e procurar novas formas e modelos de alcançar o desenvolvimento?

O “modus operandi” dos detentores do poder (donos disto tudo) na Guiné-Bissau, em pleno ano 2020, é de longe parecido com o “status quo ante” 12 de Abril de 2012, pelo “amadorismo” e “violência” que continuam a pairar numa sociedade ainda frágil, como dizia Fafali Koudawo.

Sem querer, tenho “perdido” amigos e pessoas com as quais preferia ser diferente no pensamento e no ato, do ponto de vista ideológico, mas que fossemos, também, iguais, por um inimigo público comum – COVID 19.

Desde 2003, ainda na diáspora estudantil, por exemplo, acompanhei, critiquei, apoiei, discordei, quiçá, ficava se fosse preciso, “indiferente” com as opiniões do mentor do projeto “CONTRIBUTO“, senhor Fernando Casimiro. Porém, esse meu posicionamento não me dá o direito de desrespeitar o direito dele – Didinho – ter opinião própria, enquanto guineense e ativista.

No entanto, a política e os políticos guineenses, nos últimos 20 anos, dividiram a sociedade guineense a seu bel-prazer, em conluio com as nossas forças armadas.

Há uma geração que foi da mesma turma, do mesmo ofício, dos mesmos prazeres, recalcados uns para com os outros, que anda em pólos diferentes (por motivos que só eles sabem dizer), mas vivem alimentando um debate polarizado e divisionista aos jovens, ora pró PAIGC, ora pró PRS, ora pró MADEM, etc.

Os da outra (nova) geração, com a qual me identifico, estão a ser instrumentalizados para cumprir uma agenda que não dominam e que não condiz com o seu futuro (e.i tribalização, banalização das referências, fanatismo, radicalização por tudo ou nada, etc).

Sociedade em que opinar ou pensar diferente significa ser conotado com pólo diferente, ou seja, “és nosso ou és da outra caravana”.

Sociedade em que, cada vez mais, perdemos sozinhos em vez de ganharmos juntos, uma vez que quem sabe menos “prefere hostilizar quem sabe mais, ou vice-versa”.

Sociedade na qual, em plena pandemia que grassa o nosso mundo, andamos a hostilizar o (médico ou profissional) mais experimentado, em matéria epidemiológica, no nosso país, em nome dos interesses da polarização a qual pertencemos.

Esta é a triste realidade que a Guiné-Bissau continua a aceitar, em pleno ano 2020, como modelo, e que, cegamente, faz o esforço inocente para seguir.

Pois, os orgulhos (étnico, religioso, partidário, de clã, entre outros) falam mais alto em detrimento daquilo que podia efetivamente ser a nossa maneira, genuinamente, guineense de ser (pepel+manjaco+fula+balanta+mandinga+beafada+bijagós, etc.) lutando juntos e unidos contra o inimigo invisível comum – COVID 19.

Apenas uma opinião!

Santos Fernandes

Bissau, 3 de Abril de 2020.