Até sempre irmão Ricardo de Castro Fernandes Pellegrin “El Kady”!

“(…) Porque a morte é a nossa derradeira sinfonia da vida.” Ricardo Castro Fernandes “El Kady”

 

Foi a 20 de Fevereiro de 2008 que tomei contacto pela primeira vez com Ricardo de Castro Fernandes Pellegrin “El Kady” e desde então passamos a ser grandes amigos, pese embora e apesar de manifestarmos interesse nesse sentido, não nos termos chegado a conhecer pessoalmente até ao seu falecimento.

De igual forma tornei-me amigo da sua companheira Sandra Miot e durante anos falamos com frequência por telefone, eles no Canadá e eu em Portugal.

Falávamos muito sobre a nossa Guiné-Bissau, mas também, do Haiti, o país da Sandra. Fizemos planos para a institucionalização do nosso Projecto Guiné-Bissau CONTRIBUTO do qual o Ricardo passou a ser um influente colaborador e da cooperação com a sua Orfeus Creations registada no Canadá.

Perdemos contacto desde 2014 no entanto, procurei sempre saber de ambos, sem resposta.

Recentemente consegui comunicar com a Sandra, dando-lhe conta de há muito não ter notícias deles, porém, nessa comunicação ela não me falou do falecimento do Ricardo. Só ontem, 10 de Março a Sandra me deu a conhecer que ainda está de luto, pelo falecimento do Ricardo a 12 de Setembro de 2015!

Foi uma notícia triste, de choque, de dor. Que perda!

Ricardo era um excelente ser humano, bem humorado, um educador, um poeta e um génio criativo musical com uma voz fantástica.

Um sonhador que levou a conhecer a sua/nossa Guiné-Bissau a vários destinos no seu percurso de “cigano” pelo mundo fora até se fixar no Canadá entre 1974/75.

Em jeito de homenagem póstuma ao nosso irmão Ricardo de Castro Fernandes Pellegrin “El Kady” e em nome do Projecto Guiné-Bissau CONTRIBUTO, partilhamos hoje registos de 4 links relacionados com ele enquanto nosso colaborador, amigo e irmão.

Descansa em paz irmão El Kady!

À nossa irmã Sandra Miot toda a nossa solidariedade, independentemente do Ricardo ter falecido a 12.09.2015.

Didinho 11.03.2018


Nascido na Guiné-Bissau, Ricardo Pellegrin El Kady emigrou para o Canada em 1975 adoptando depois a cidadania deste país. É músico-autor-compositor e pioneiro da «World Music» no Quebeque onde reside. Em 2000 foi galardoado com medalha de ouro como melhor autor-compositor no «SONG EXPO Benelux International 2000» na categoria «World Music». 

É licenciado em Letras e especializado em psico-sociologia. Trabalha, há muitos anos como formador e educador de adultos.


Ricardo Pellegrin El Kady

ELKADYSAMI, O APOIO QUE VEM DO CANADÁ!

A poesia de Ricardo Pellegrin El Kady

Sobre a GNR de Vilamoura e a historinha macabra segundo eles: “Que todos os pretos


Sobre Ricardo de Castro Fernandes Pellegrin “El Kady”

El Kady, la trace d’un pionnier

Hommage à El Kady

PELLEGRIN EL KADY / LOKETO

Musique africaine au Canada

ERMONS (IRMÃOS) GUINEENSES

 

 

ERMONS (IRMÃOS) GUINEENSES

 

Quando a Guiné-Bissau perde (e há muito que está a perder) perdem todos os guineenses! Didinho

 

ERMONS (IRMÃOS) GUINEENSES é o título de um pequeno, simples e abrangente poema que escrevi no dia 14 de Outubro de 2017 visando apelar, alertar, sensibilizar, mobilizar e consciencializar os meus irmãos guineenses para a necessidade de revermos e resgatarmos os princípios e os valores vivenciais, educacionais e civilizacionais da Cultura ancestral que caracteriza a nossa Guinendadi, quiçá, a riqueza da nossa Identidade Sócio-Cultural, porquanto termo-nos desviado e afastado desses princípios e valores, pois só assim se percebe, a cada dia que passa, a nossa falência (de princípios e valores), enquanto Povo, e consequentemente, os seus reflexos no falhanço do nosso Estado.

ERMONS GUINEENSES

Nô tchoma n´utru

Nô djubi n´utru

Nô barça n´utru

Nô obi n´utru

Na seriedade

Ku amizade

Nô n´tindi n´utru

Nô barça n´utru

Nô purda n´utru

Nô rispita n´utru

Nô n´tindi n´utru

Pa nô Guiné

O poema mereceu prontamente o interesse do músico e compositor guineense Fernando Carvalho, que se predispôs a musicá-lo, a exemplo do que já tinha feito com outros 3 poemas da minha autoria musicados nos seus últimos 2 álbuns musicais.

Fernando Carvalho surpreende-nos com o estilo musical, “Reggae” com que faz passar a mensagem aos Ermons (irmãos) Guineenses num dueto com o também cantor e produtor guineense Djipson Voz d’Ouro.

Duas vozes emotivas, distintas e maravilhosas, que se predispuseram a entrar no interior mais profundo dos Ermons Guineenses, visando partilhar a mensagem da Reconciliação no seu vasto conceito e mexer positivamente com as suas sensibilidades, enquanto seres humanos e Guineenses.

Um refrão musical que se tolera bem tendo em conta a frescura com que é apresentado e o objectivo de fazer passar a mensagem aos Ermons Guineenses utilizando a metodologia da repetição, por via da sua importância pedagógica e terapêutica no indivíduo.

Urge Reconciliar os Ermons Guineenses, resgatar e promover os princípios e os valores vivenciais, educacionais e civilizacionais da Cultura ancestral que caracteriza a nossa Guinendadi, entretanto invertidos e ou, adulterados!

Positiva e construtivamente.

Didinho 11.02.2018

 

ERMONS GUINEENSES: Letra de Fernando Casimiro (Didinho); composição musical de Fernando Carvalho; interpretação: Fernando Carvalho e Djipson Voz D´Ouro – cantor/produtor.

Fernando Carvalho
Djipson Voz D’ Ouro
Didinho

 

Não aceitemos mais, enquanto guineenses, que uns e outros, a bem dos seus interesses, nos dividam, enfraquecendo-nos; nos intriguem, virando-nos uns contra os outros, quando o que está em causa é o Interesse Nacional, quiçá, a soma dos Interesses de todos os Guineenses e não apenas, de um grupo ou grupos de guineenses! A Guiné apenas precisa do compromisso dos seus filhos para que tudo o “resto” seja uma realidade! Didinho

 

Um Tributo da Guiné-Bissau a Eugénio Tavares

Um tributo da Guiné-Bissau à Eugénio Tavares

Semente de amor da Ilha Brava de Cabo Verde para o mundo

Se me perguntassem porquê um tributo da Guiné-Bissau à Eugénio Tavares e estivesse mal disposto responderia, porque quero! E se apenas não quisesse entrar em muita conversa, responderia, porque o amor é universal!. Mas na verdade não é apenas por estas duas razões,  é também porque é um tributo merecido àquele que também foi um dos nossos, como poderão compreender mais adiante. Da minha parte apenas quero cumprir o sagrado dever de explicar o que sei e entendo que deve ser do conhecimento de todos aqueles que ainda não o soubessem, sobretudo os mais novos.  Vou então por isso tentar contar esta história para aqueles que ainda não tinham ouvido falar dela e nunca tiveram oportunidade de conhecê-la.

Eis que, nas proximidades da década de sessenta  do século XVIII, um italiano chamado Geovanni Battista Nozolini, casou-se com uma espanhola das Ilhas Canárias, de nome Barbara Riam; tiveram um filho a quem foi posto o nome de André Joseph Nicolas Maria de Candelária de los Santos Nozolini  (André Nozolini), nascido em Tenerife em 1761.  André Nozolini, estando já em Cabo Verde, casou-se com Gertrudes Maria Livramento Henriques (Gertrudes Henriques), nascida em 1775 na Ilha de Fogo (Cabo Verde)

Gertrudes Henriques era filha  do Capitão-Mor da Ilha de Fogo, Marcelino José  Jorge Távora  Henriques, natural de Aveiro (Portugal) e de Maria do Monte Fortunata da Fonseca Mendes Rosado (1749-1842), natural da Ilha do Fogo.  Esta Maria do Monte Fortunata da Fonseca MendesRosado erafilha de José  Cláudio Mendes Rosado (que era administrador da Companhia Grão Pará e Maranhão ) e de Isabel Caetana da Fonseca; ambos eram naturais de Algarve.

André Nozolini e Gertrudes Henriques geraram 5 filhos:Maria Soledade (de nome completo Maria Soledade Nozolini) (1791), José  Marcelino (1792), Maria Ascensão (1793), Maria das Dores (1796), e Caetano (de nome completo Caetano José Nozolini) (1801). Este último viria ser um histórico da Guiné como veremos mais adiante.

Maria Soledade Nozolini, irmã portanto de José Marcelino, Caetano José  Nozolini e de mais outras duas irmãs, iria casar-se com D. Juan José  Roiz (de Espanha) com quem gerarou também 5 filhas: Isabel, Maria Ascensão, Maria Soledade, Gertrudes e Eugênia (esta última de nome completo Eugênia Nozolini Roiz).

Eugênia Nozolini Roiz, também natural de Fogo, casou-se com Francisco de Paula Tavares, natural de Santarém (Portugal) pelo que foi-lhe acrescentada o apelido Tavares do marido e passou a chamar-se assim Eugenia Nozolini Roiz Tavares.

Francisco de Paula Tavares que fora um abastado comerciante em Cacheu e Geba na Guiné e sua mulher Eugênia Nozolini Roiz Tavares tiveram 2 filhos naturais da Guiné, Henrique (1863) e Henriqueta (1866). E quando Eugênia Nozolini Roiz Tavares estava grávida do terceiro filho que ira chamar-se Eugénio de Paula Tavares (Eugénio Tavares) começa o drama familiar.

A mãe  Eugênia Nozolini Roiz Tavares adoece e a família decide que fosse ela e a pequena Henriqueta para Cabo Verde junto dos demais familiares na Ilha de Fogo, enquanto o marido, Francisco de Paula Tavares ficou na Guiné com o mais velho dos irmãos, o Henrique. Mas o drama não larga a família, a mãe Eugênia não melhora na Ilha do Fogo e vai para a Ilha Brava que era considerada mais salubre e onde residia João José de Sena e outros familiares Bravenses. Este João José de Sena é um dos descendente de José Pedro de Sena que fora Capitão-Mor da Ilha Brava enviado pelo rei de Portugal, D. José (1750-1777), para administrar os negócios do reino.

Chegado o momento do parto, nasceu Eugénio Tavares mas morre a mãeEugênia Nozolini Roiz Tavares, deixando o recém-nascido, órfão de mãe, aos cuidados do médico José Martins de Vera Cruz e da irmã deste, D. Eugênia  Martins Vera Cruz Medina e Vasconcelos. Os irmãos Vera Cruz  seriam assim os pais adotivos do recém-nascido, enquanto a irmã deste, a pequena Henriqueta, continuaria sob custódia de João José de Sena.

Pouco tempo depois também morre na Guiné o pai dos menores e o Henrique, mais velho de Henriqueta e Eugénio, é  mandado para Portugal. O drama familiar culminou assim com os pais falecidos e os irmãos menores dispersos. E não podia ter sido pior! Mas como se costuma dizer na Guiné sufridur ta padi fidalgo (do sofrimento nasce o fidalgo), assim mesmo vai ser.

Na sequência deste percurso dramático logo no início de sua vida, Eugénio Tavares iria ter a oportunidade de ser educado pelos Vera Cruz, e desde cedo aprendeu a chamar à D. Eugênia Martins Vera Cruz Medina e Vasconcelos, sua mãe adotiva e madrinha de (Badinha), e foi dela que recebeu o maior afeto e foi à ela que dedicou esta belo poema:

 

És maravilha de Mulher duplamente Mãe;

Não mais santa mãe do fruto do seu ventre, que no sentimento da sua alma

Não mais amorosa mãe dos próprios filhos, que mãe sublime dos filhos alheios

Amo-te ó  minha mãe

E bendita seja a fonte inexaurida de bondade maternal que emana do seu espirito

Tudo com origem no amor, nada com origem no sangue.

 

D. Eugênia Martins Vera Cruz Medina e Vasconcelos, a (Badinha) de Eugénio Tavares era viúva do poeta madeirense Sérvulo de Paula Medina e Vasconcelos que se tinha exilado em Cabo Verde por oposição ao rei de Portugal. Terá  isto a ver com a inclinação poética e contestatária de Eugénio Tavares?

Onde não restou dúvida fio na influencia que tiveram também tiveram  na educação de Eugénio Tavares algumas personalidades do meio intelectual bravense como Guilherme Dantas, um intelectual muito admirado, Augusto Barreto, um respeitado poeta lírico e romântico e Maria Luísa Sena Barcellos conhecida como a primeira poetisa de Cabo Verde, e que é irmã de Cristiano José de Sena Barcellos, autor de “Subsídio para a história de Cabo Verde e Guiné”, além de outros temas na mesma linha.

Tendo sido concebido na Guiné, nascido na Ilha Brava (Cabo Verde) e passado pelo pior e o melhor dos períodos da vida, a Guiné esteve muitas vezes presente na trajetória dos antepassados de Eugénio Tavares em pelo menos 4 gerações:

Marcelino José  Jorge Távora Henriques (a quem os populares do Fogo batizaram como “Nho Capitão), trisavó  de Eugénio Tavares do lado materno, e que era  natural de Aveiro Portugal, antes de chegar a Capitão-Mor na Ilha de Fogo, fora Alferes-Tenente na praça de Cacheu (Guiné) quando o seu irmão José Távora  era Capitão-Mor da mesma praça.

Seu tio-avó  Caetano José Nozolini, natural de Fogo e que fora militar que atingiu a patente de Tenente-Coronel, adotou definitivamente a Guiné como sua terra e ali casou-se com Nhara Aurélia Correia ou “Mãe  Aurélia Correia”, fidalga conhecida e trada como rainha bijagó de Orango. Ambos tiveram 4 filhos, todos nascidos em Bissau: Eugénia Aurélia Nozolini (1823), Gertrudes Leopoldina Nozolini (1827),  Gertrudes Aurélia Maria Correia  Nozolini (1835) e José Caetano Nozolini (1836).

Caetano José  Nozolini chegou a assumir altos cargos na Guiné, tais como os de Capitão-Mor e de Governador, além de ter sido um grande comerciante que no seu tempo dominou o comércio  de Geba, Bissau e Bolama, assim como de outras feitorias e outros rios da Guiné.

Seria ele Caetano José Nozolini o indicado pelo então e único Governador natural da Guiné, Honório Pereira Barreto, para  fundar a povoação  de Bolama em 1838, a partir da localidade batizada com o nome de Novo Mindelo, na ponta oeste da ilha). Bolama viria a ser capital da Guiné após uma longa disputa entre Portugal e Inglaterra, disputa que iria ser definitivamente encerrada com a arbitragem e sentença de Ulisses Grant, então presidente dos Estados Unidos de América. A nova capital da Guiné iria receber por isso uma estátua deste presidente americano.

Um primo de segundo grau de Eugénio Tavares também chamado Caetano José Nozolini (1850),   (mesmo nome do tio-avó de ambos), e que é 8 anos mais velho que Eugénio Tavares, seguindo também carreira militar, teria igualmente prestado serviços militares na Guiné por volta de 1880, como oficial do exército português. Este seria filho de Roberto José Nozolini (1820) e neto direto de José Marcelino Nozolini (1792).

O pai adotivo de Eugénio Tavares, o médico José Martins de Vera Cruz, que era também militar, proprietário, empresário e armador, nasceu e morreu na Ilha Brava (1828-1920).  Diplomou-se como médico na Escola Médico-Cirurgica de Funchal, exerceu clinica na Ilha Brava e na Ilha do Sal e prestou serviços na Guiné onde se distinguiu no combate à cólera e febre amarela, merecendo por tais serviços as honras de Primeiro Grau de Torre e Espada, em Junho de 1870.

Este seu pai adotivo mereceu ainda outras honras, tais como a de Cavaleiro da Ordem Militar de S. Bento de Aviz, de Medalha de Prata de classe de Comportamento Exemplar, além de Comenda de Ordem Militar do Nosso Senhor Jesus Cristo.

Na sua ilha natal, Brava, chegou a ser presidente de Camara sucessivamente eleito até 1901, e nesta função consta que foi ele que idealizou muitas das infraestruturas que deu à Ilha Brava as feições que chegaram aos nossos dias, inclusive o Jardim da Praça que recebera mais tarde o nome do Jardim Eugénio Tavares em honra a este seu filho pródigo.

Casado com a mulher da sua vida, Guiomar Leça Tavares, o nosso poeta, compositor e  jornalista  Eugénio Tavares, não deixou descendentes mas deixou sementes de amor, porque nele o amor encontrou um terreno fértil onde germinou e por isso a sua vida deve ser celebrada. Esta celebração não deve pertencer só a Ilha Brava ou Cabo Verde, mas deve também pertence à Guiné, à Portugal às Ilhas Canárias ou Espanha, à Itália  e ao mundo, porque o amor é universal, e é acima de tudo, uma dadiva de Deus.

Amor é  a virtude de não discriminação, é o prazer de querer e ser querido ou de amar e ser amado, é o espirito de solidariedade, de tolerância, de paz e reconciliação, de dedicação à  causa do combate à fome, à miséria, à doença, à ignorância, à marginalização, à ambição desmedida; é enfim a dedicação à causa de entendimento entre os homens, preservação da natureza e da vida na terra.

Amor é precisamente o segredo de Deus para a proteção da vida, basta ver que é por ele que as mães suportam e toleram os choros e cheiros dos seus bebés. E quando o amor escasseia como acontece no mundo de hoje, o primeiro que se deve fazer é procurar a sua semente, multiplicá-la e distribuí-la.

O nosso poeta Eugénio Tavares, tendo merecido muito elogios, como o de ter sido poeta lírico e suavíssimo, prosador elegante em português e crioulo, filólogo da língua crioula, entre outros adjetivos elogiosos,  deixou este poema que é um verdadeiro hino de amor, escrito na língua crioula que nos e comum, poema esse que foi cantada e imortalizada numa monumental morna cabo-verdiana intitulada “força de cretcheu”.

Estas são as razões do porquê do tributo da Guiné-Bissau à Eugénio Tavares.

 

(Agradeço desde já as informações disponibilizadas em vários sites dedicados à vida e obra de Eugénio de Paula Tavares e peço desculpas antecipadas para quaisquer eventuais imprecisões  ou lapsos no conteúdo ou na forma de apresentação pela qual optei.)

 

Carlos António Gomes (carlosagomes@iol.pt)

30.10.2017