DIDINHO – PUBLICAÇÕES DE 05 DE JUNHO A 23 DE JUNHO DE 2020

EU E A ÁGUA

Muitas vezes olho para a água, insistentemente, porque meus olhos, instruídos pela minha mente, se esforçam para ver algo mais do que até então conseguiram ver, numa água aparentemente límpida…

Didinho 23.06.2020


DESPOLUIR MENTES

Temos que despoluir/desintoxicar nossas mentes e nossos espíritos, enquanto relaxamos, procurando ver o Ponto que é a Vida, no ecrã da escuridão onde nossos olhos, nossos ouvidos, nossa boca, se cruzam, entre o ser e o sentir, que reivindicam Humanidade…!

Didinho 23.06.2020


QUANDO TODOS SABEM, MAS NINGUÉM SABE…

Qualquer dia, e porque julgamos que todos nós somos dotados de capacidade analítica multidisciplinar, não haverá ninguém para ler, ver ou ouvir ninguém, pois cada um estará concentrado no seu “programa”, por escrito, ou audiovisual, ao ponto de não se interessar, ou não ter tempo para ler, ver ou ouvir, o que realmente interessa, importa, daqueles que, sem dúvida, fazem a diferença…

Não podemos todos, ser doutores, engenheiros, professores, jornalistas, apresentadores, escritores, e também, analistas políticos, obviamente.

Um país como a Guiné-Bissau, que só há poucos anos começou a beneficiar da aprendizagem da cidadania política através das novas tecnologias de informação e comunicação, não deve cair no ridículo da banalização do conceito da participação cidadã numa perspectiva política e social, que se confunde entre o patriotismo e o partidarismo.

Há 17 anos que venho estudando esta matéria, e continuo a deparar-me com muitas interrogações sobre o Ego guineense, face à assimilação do conceito de Cidadania focado numa relação de Compromisso, Amor e Fidelidade para com o País, ou, para com outros compromissos…

Se falarmos todos ao mesmo tempo, de assuntos que desconhecemos, não estaremos a promover nenhum despertar de consciências, antes pelo contrário, estaremos a desinformar e a confundir uns e outros, com menos visão, menos capacidade de análise.

Falemos do que realmente sabemos e conhecemos, ou seja do que temos bagagem para abordar, caso contrário, procuremos ler, ver e ouvir aqueles que, de facto, estão melhor preparados para nos fazerem perceber as razões, os porquês, do que não sabemos, do que desconhecemos e certamente, desejamos saber, conhecer!

Admira-me sabermos e conhecermos tudo, só depois de termos dado uma vista d’olhos no que alguém escreveu ou disse, sem termos a dignidade de referenciar a fonte que alimentou a nossa curiosidade.

Pegamos numa abordagem genuína e sem saber no fundo o que o autor quis dar a conhecer, invertemos a ordem das palavras, colocamos inclusive novas palavras com o mesmo significado, para não termos que referenciar e valorizar o autor de quem usurpamos a autenticidade e criatividade do pensamento…

Ultimamente, passamos a ser todos: Intelectuais, Pensadores, Analistas Políticos, Activistas Políticos e Sociais, porque está na moda, e para alguns, resulta em nomeações para o dirigismo do Estado, ou, em contrapartidas financeiras subsidiadas…

Assim não vamos lá!

Não é esta a visão de Cidadania Política que lancei para a Guiné-Bissau quando criei o Projecto Guiné-Bissau CONTRIBUTO no dia 10.05.2003!

Vamos Continuar a Trabalhar por uma Guiné-Bissau Positiva, pois os desafios são cada vez maiores!

Didinho 23.06.2020


QUALQUER DIA…

Qualquer dia, teremos mais Oficiais Generais, do que subalternos/operacionais, nas Forças de Defesa e Segurança.

De igual modo, qualquer dia a Guiné-Bissau será um país onde todos serão “doutores”, não havendo ninguém para TRABALHAR, porque os “doutores” guineenses, não se consideram Técnicos, Profissionais, em suma, TRABALHADORES!

Infelizmente, tanto uns como outros, têm como actividade profissional não declarada, a Política…pois é o que sempre deu, está a dar e continuará a dar, num País RICO, que uns e outros, continuam a fazer POBRE…!

Didinho 22.06.2020


A JUSTIÇA, ESSE FANTASMA QUE NOS ATORMENTA…

Como Mudar uma Sociedade cuja mentalidade é alimentada pelo ressentimento, recalcamento, ódio, espírito de vingança…?

De que Justiça falamos ou propomos, quando na nossa mente, somos nós a justiça, e juízes, para todos os casos, em função dos nossos “julgamentos” de conveniência?

Como é que podemos ser diferentes, pela positiva e para melhor (continuando a alimentar nossas mentes e nossos espíritos, com as injustiças e os crimes do passado, mesmo que não possam ser esquecidos, ignorados), a bem de uma nova postura colectiva assente na reeducação mental e espiritual de todos, para que a necessária Reconciliação entre irmãos desavindos seja uma realidade, e que a Justiça Institucional, que alicerça um Estado de Direito democrático, passe a ser efectivamente, o Garante dos Direitos, dos Deveres e das Liberdades de todos os Cidadãos, numa perspectiva de Igualdade perante a Lei e de Respeito e Submissão pela Lei?

Porque é que gostamos de ir buscar o que cada um fez ou deixou de fazer no passado, mesmo que não tenha sido alguma vez julgado e condenado por algum crime, para no presente, o crucificarmos pelo seu passado, ignorando que cada momento presente é uma realidade distinta?

Como é que queremos mudar tudo o que está mal (sobretudo a Justiça), na Guiné-Bissau, quando temos mentes recalcadas e espíritos doentios, promotores da Injustiça, ou da justiça pelas próprias mãos?

Como falar em fazer Justiça, mas admitir injustiças, alegadamente, porque nunca houve Justiça na Guiné-Bissau e, por isso, que importa se fulano, beltrano ou sicrano que até podem ter cometido crimes, barbaridades, no passado, hoje possam ser vítimas da injustiça, não pelos alegados crimes e barbaridades, do passado, mas por questões que têm a ver com disputas, confrontações, de interesses vários na actual conjuntura política do País?

Sendo cumpridor e defensor das Leis, quero de facto que a Justiça funcione na Guiné-Bissau.

Quero que todos se sujeitem à Constituição e às Leis da República, incluindo as Forças de Defesa e Segurança!

Que todos tenham noção de que têm direitos e deveres, com base no Direito, que regula a vida em Sociedade e por isso, quem infringir a Lei, poderá ser detido, inquirido, absolvido, ou condenado, em função da decisão dos Juízes.

Não se deve é “forçar” detenções, forjar alegadas provas incriminatórias, em nome da Segurança do Estado, da Ordem Pública, e, muito menos, da Justiça e do Estado de Direito!

O País tem um novo Presidente da República; um Governo que leva 100 dias de governação. Têm tudo para fazer a diferença, para melhor, e isso não passa, não pode passar, obviamente, pelo recurso aos métodos do passado que põem em causa os direitos, as liberdades, garantias e deveres fundamentais dos cidadãos!

Positiva e construtivamente.

Didinho 22.06.2020


ABUSO DO PODER

A promoção da “cultura” do abuso do poder na Guiné-Bissau tem que acabar, sob pena de estarmos todos sujeitos aos desmandos de anarquistas que se querem impor como Poder Judicial de um Estado de Direito democrático, independentemente das suas fragilidades institucionais!

Temos que parar com as detenções arbitrárias, por Respeito aos Direitos Fundamentais dos Cidadãos e, consequentemente, pela Constituição e pelas Leis da República da Guiné-Bissau!

Quando o Estado se presta a Humilhar seja qual for o cidadão, alegadamente, em nome da Justiça, esse Estado está apenas a ignorar a sua Responsabilidade para com os seus Cidadãos!

Todo o Cidadão tem Direito à Dignidade e à Liberdade, ainda que condicionada, quando é detido, e a aguardar por formalidades judiciais de audição e acusação, ao abrigo da presunção de inocência.

A Guiné-Bissau não pode retroceder no processo de edificação e consolidação do Estado de Direito democrático!

É imperativo que se ponha fim ao abuso de poder; à violência gratuita, e que destes actos, o País não continue a perder!

Que tudo quanto tenha que ser feito em nome da Ordem Pública e da Segurança do Estado, seja feito em conformidade com o estabelecido na Constituição e nas Leis da República, salvaguardando os Direitos, as Liberdades e Garantias Fundamentais, dos Cidadãos!

Positiva e construtivamente.

Didinho 21.06.2020


O MEU SILÊNCIO

Antes o Silêncio: Consciente ou Inconsciente; explícito ou implícito, do que o Barulho Consciente ou Inconsciente, explícito ou implícito, que impõe a regra do pensamento único, seguidista, chantagista, absolutista e ditatorial, em função dos Interesses e das Conveniências pessoais e, ou, de Grupos!

Não há voz mais poderosa do que a Voz do Silêncio, face ao Barulho feito anarquia, quando, os silenciados, nunca deixaram de ter voz, inclusive, através do Silêncio, perante anarquistas…

A Poesia também se escreve em silêncio, no silêncio do Silêncio, de todos quantos nunca deixaram de ser Livres e, por isso, terem, igualmente, Direito ao Silêncio, como Instrumento de combate ao Barulho encomendado, ou, reactivo, numa perspectiva reaccionária…!

Estou em Silêncio, no meu silêncio; por isso, solicito e agradeço antecipadamente, a compreensão de todos quantos, no usufruto dos mesmos Direitos Fundamentais fazem do barulho, suas vozes…

Ninguém tem nada a cobrar a alguém pelo seu silêncio…

Muitas vezes, aqueles que cobram o silêncio doutros, são os primeiros a ameaçar a vida desses “outros”, quando decidem contar suas versões sobre certas verdades escamoteadas, que os barulhentos de ocasião, fazem questão de silenciar, mesmo que isso signifique matar, não importando a relação familiar, a pertença étnica ou cor da pele, e outros considerandos…

O Silêncio é uma terapia, Global, para a “pandemia” do Barulho…!

Didinho 20.06.2020


O NOSSO RACISMO…

A minha abordagem sobre o Racismo, obriga-me a não ser racista, nem selectivo, quiçá, de conveniência, nem por natureza pessoal.

Independentemente da História colonial, da escravatura e dos processos de libertação e independência dos países e povos africanos, o Racismo e a Xenofobia sempre foram comportamentos humanos, de todas as cores, de todo o Mundo.

Não posso, no século XXI, enquanto ser humano, resumir o Racismo à vertente da História colonial, e entre o acto em si, explícito ou implícito, do branco em relação ao preto.

Enquanto humanos, quiçá, homens e mulheres de todas as cores, temos responsabilidades de, todos juntos promovermos um Mundo Melhor, de Todos, para Todos, em Igualdade, tanto nos Direitos, como nos Deveres.

Fiz referência a 30 ou 40 anos, aos dias de hoje, porque mesmo que a Mudança Comportamental relativamente ao Racismo e aos racistas, seja lenta, os sinais de mudança são encorajadores para a consciencialização sobre o problema e, consequentemente, para a necessidade de se reflectir sobre o que se tem feito e o que mais deve ser feito, para que o Racismo passe a ser uma banalidade entre os humanos.

Porém, se ao invés de olharmos o passado como uma referência para a aprendizagem com os erros então cometidos, pegarmos nesses erros para estimular recalcamentos e despertar ódios, como é que poderemos reduzir o Racismo à insignificância?

Não estaremos a criar condições para mais Racismo; mais ódio; mais intolerância; mais violência, incluindo a praticada por forças da ordem; mais desconfiança; mais desemprego; mais pobreza; menos solidariedade; menos cooperação e menos convivência entre pessoas?

Quando falamos de Racismo, nós, que também somos pretos, mesmo que segregados por outros pretos que se julgam mais pretos e africanos do que outros pretos, não devemos deixar de abordar também, o nosso Racismo, aquele que existe entre nós.

Ter receio de falar sobre isso, também é ser conivente com o Racismo Global, por isso, discordo da visão do Racismo selectivo, ou virado apenas para a retrospectiva colonial e as suas consequências nefastas para África e para os Africanos.

Só Juntos, Unidos e Focados em torno de uma Consciência Global, que garanta o Respeito pelas nossas Diferenças, enquanto Humanos, e consequentemente, Todas as Vidas Humanas, os Direitos (como também os Deveres), Humanos, poderemos contribuir saudavelmente, para mais e melhor Humanidade!

Positiva e construtivamente.

Didinho 12.06.2020


NÃO AO RACISMO E AOS RACISTAS DE TODAS AS CORES!

A revisitação, promoção e instigação do Racismo, numa retrospectiva do passado, ignorando os ganhos do presente, repito: ganhos do presente, em que pretos e cidadãos de todas as cores já ocupam cargos civis, políticos e de governação, em países europeus, por exemplo, o que numa perspectiva inversa não acontece, só pode interessar a grupos de interesses com Agenda própria, visando sobretudo, a continuidade da abordagem sobre o Racismo de há 30 ou 40 anos, por um lado, e, por outro, a negação da promoção dos Direitos civis e políticos que as reformas estruturais e legais têm proporcionado, como veículos de combate ao Racismo e, da promoção da igualdade dos Direitos e dos Deveres dos Cidadãos.

Falamos muito sobre os nossos Direitos, quase que exigindo Direitos Exclusivos, enquanto pretos, a viver em países europeus, ignorando que os Direitos Fundamentais nesses Países, também incluem os seus cidadãos originários, e que, para além dos DIREITOS, HÁ DEVERES!

Queremos mandar na política de Estados Europeus, impondo as nossas regras?

Afinal, para que serviu a luta de libertação Nacional, senão para, como afirmou Amilcar Cabral, passarmos a ser nós, guineenses e africanos, a dirigir os nossos destinos?

Então, hoje achamos que o branco não tem o direito de defender os seus interesses, mesmo abrindo as portas para numa questão legal, pretos constituídos como cidadãos de países europeus, possam usufruir dos Direitos Fundamentais em igualdade de circunstância que cidadãos europeus, brancos ou pretos?

Sim, há cidadãos europeus, porquanto nascidos na Europa, que são pretos, a exemplo de cidadãos africanos, brancos, nascidos em África.

Qual é o nosso problema, quando não aceitamos que africanos brancos ou mulatos assumam cargos de relevo na política e na governação, por exemplo, dos nossos países africanos, mas noutra perspectiva, exigimos que pretos, mesmo não nascidos na Europa, usufruam de TODOS OS DIREITOS CIVIS E POLÍTICOS que o cidadão branco tem no seu país?

Acabaram-se as barracas, que também eram habitadas por brancos;

Casas camarárias foram atribuídas a Todos, brancos, pretos, ciganos, etc., com poucos recursos;

Filhos de brancos, pretos, ciganos e outros, passaram a ter direito em pé de igualdade à Educação, à Saúde, com os subsídios atribuídos por via do mesmo critério;

Cada vez mais pretos e outros, têm acesso à formação académica superior, em todas as áreas do conhecimento, com o devido reconhecimento e enquadramento nas carreiras profissionais;

Cada vez mais temos deputados pretos e outros em parlamentos de países europeus, o que acontece igualmente com ministros, autarcas, etc., etc.

Cada vez mais há casamentos, relacionamentos e miscigenação entre pretos, brancos e outros…

É isso tudo, sinónimo de continuidade do Racismo?

Ou são ganhos de mudanças que não se operam por decreto, e de um dia para o outro, mas que, na verdade, têm sido uma realidade indesmentível?

Quem quer pôr fim a esta constatação…?

Tal como tem sido nos dias de hoje, os erros da Humanidade foram sempre cometidos, consciente ou inconscientemente, por humanos, de todas as cores!

Condenemos o Racismo e todo o tipo de discriminação entre humanos, mas não nos deixemos manipular, dividir e intrigar por interesses políticos e económicos, das elites do Poder Global.

O respeito pelo cidadão depende do comportamento, das atitudes, do cidadão, e não da cor do cidadão.

Respeite-se enquanto cidadão nacional ou estrangeiro, onde quer que esteja, respeitando as Leis do seu País e do País onde estiver, e o Racismo, que existe em todo o Mundo e de todas as cores, não será mais do que uma doença evitável, com a qual temos que nos adaptar, mas também, evitar o contágio e a consequente propagação, por ser altamente contagiosa…

Positiva e construtivamente, diga NÃO AO RACISMO E AOS RACISTAS DE TODAS AS CORES!

TODAS AS VIDAS HUMANAS IMPORTAM, QUE NÃO APENAS AS VIDAS DOS PRETOS!

É discriminatório, no meu entender, o slogan “Black Lives Matter”.

TODAS AS VIDAS HUMANAS, INDEPENDENTEMENTE DA COR, IMPORTAM!

Didinho 11.06.2020


“RACISMOS”

Quase a completar 59 anos de vida, 39 fora da Guiné-Bissau e 32 a residir em Portugal, tendo viajado por mais de 70 países de todo o Mundo, também tenho as minhas vivências e os meus posicionamentos sobre os diversos “Racismos”, que não deixarei de partilhar, em livro, brevemente (Faço Questão), porque andamos a correr atrás do prejuízo, indo ao encontro de estratégias das políticas do poder ou do poder das políticas, manipuladoras e populistas, Globais, que contaminam e enfermam mentalidades e corpos, de seres humanos, em função da cor, etnia, religião, género, etc., quando deveríamos olhar, e ir ao encontro de oportunidades que nos são concedidas todos os dias, pelo Tempo, o eterno Juiz Supremo deste nosso Mundo, e que os nossos pais, por exemplo, não tiveram!

Ainda que cada um tenha a sua vivência, experiência e visão sobre o Racismo conceitual, o importante em cada posicionamento, é cada um olhar-se ao espelho e libertar os seus complexos, os seus fantasmas e pesadelos relativamente ao Racismo.

Estamos, enquanto Africanos, a ser manipulados, desde sempre, por interesses que não se resumem à questão da cor da pele.

A quem interessa o envolvimento dos pretos numa estratégia de disputa do poder político, com base na promoção do Racismo?

A quem interessa que a violência e o medo sejam continuamente associados aos pretos e que, por via disso, sabem o que fazer, como e quando, para atiçar ódios aos africanos?

Vamos continuar a dormir, hipnotizados, embriagados?

A questão do “assédio” político, nos dias de hoje, aos africanos (e seus descendentes), imigrantes ou naturalizados, em diversos países do Mundo, implica a elaboração de estratégias políticas, visando a disputa do poder entre partidos políticos, por um lado, e entre grupos de interesses por outro, e o Racismo numa vertente exclusiva entre o branco e o preto, é o suporte para a conquista de simpatias, votos e, consequentemente, poder, tendo em conta que os africanos naturalizados ou devidamente legalizados, num contexto específico, podem votar e ser decisivos nos desfechos eleitorais, nos países onde estão inseridos.

Ainda sou LIVRE, no pensar e no agir, e modéstia à parte, tenho muito a dizer sobre o Racismo, a começar, pelo Nosso Racismo, Nós, Africanos, uns para com os outros.

Sei que muitos não gostam, inventam uma série de argumentos, mas pouco me importa os murmúrios de quem tem 2 pesos e 2 medidas para o mesmo Problema!

Positiva e construtivamente, vamos enfrentar o Desafio que é o Racismo!

Didinho 09.06.2020


O RACISMO, UMA REALIDADE DA NOSSA HISTÓRIA

É claro e indesmentível que o colonialismo é parte integrante da História da Humanidade, quiçá, da Europa, de África, da Ásia, das Américas e da Oceania.

É claro e indesmentível que, entre algumas consequências do colonialismo, tivemos a escravatura, e continuamos a ter a Mestiçagem e o Racismo.

Tivemos a divisão e a partilha geográfica do Mundo.

Os afro-americanos de que se fala por estes dias, pertencem a que História?

Os que na Guiné-Bissau são considerados “restos dos tugas”, pertencem a que História?

Não é isso, também, História de África?

É claro e indesmentível que, a própria identidade cultural e social dos povos de todo o mundo tem nas línguas coloniais, suportes culturais e sociais identitários que impedem a negação da pertença colonial na História Global, quiçá, da Europa, de África, das Américas, da Ásia e da Oceania.

Quem, suportado pelo conhecimento, e não pelo protagonismo assente na politiquice, para negar tal realidade?

O Racismo não é problema dos negros e das negras?

É problema de quem afinal, que não do ser humano de todas as cores?

O salário das pessoas também é uma questão de Racismo?

Se tens trabalho, e és imigrante, agradece, pela tua dignidade.

Em qualquer país do mundo, incluindo países africanos, os salários são estabelecidos em função das normas legais, com base em critérios legais.

Um empregado de limpeza não tem, obviamente, o mesmo salário que um deputado, e por aí fora… Ou em África é diferente?

Não sabia que os Direitos e os Deveres Fundamentais do Cidadão, elencados nas Constituições dos Estados, assentam na cor da pele, e que, compete aos cidadãos a sua reeducação, sem perceber o que isso, de facto significa…

A rebeldia do manifesto racista por via de um ativismo político e social interesseiro, vai alimentando com incentivos tóxicos a alma de gente carente de força mental e espiritual, manipulando suas consciências, e fugindo ao essencial da abordagem sobre o Racismo e, claro está, sobre as formas e as medidas para o seu combate.

Diria que há uma seita racista de todas as cores, a exemplo de seitas religiosas, que vivem da desgraça das populações para se afirmarem como seus salvadores…

Didinho 07.06.2020


Silêncio!

Proponho/recomendo, Silêncio aos meus Irmãos Guineenses, como medida de prevenção e combate ao vírus da divisão social, propagado pela politiquice de politiqueiros sem partido pela nossa Guiné-Bissau…

Silêncio, para ajudar a despoluir mentes tóxicas;

Silêncio, para o necessário reencontro pessoal e espiritual;

Silêncio, para nos penitenciarmos do ódio, do recalcamento, do espírito de vingança, da violência como solução para os problemas…

Silêncio, para ouvirmos o outro;

Silêncio, para que o outro também nos possa ouvir…

Silêncio, para que nossos olhos falem por nós frente ao espelho, que somos e do qual, fugimos de olhar…

Silêncio, para assumirmos nossas fraquezas, limitações, ignorâncias, mas, sobretudo, para despertarmos para a realidade!

A embriaguez e o hipnotismo, da politiquice, por via da manipulação e instrumentalização social na Guiné-Bissau, devem ser combatidos de forma pedagógica, a bem da Unidade, e do Interesse, Nacionais, para a satisfação do Bem-Estar Comum!

Experimentemos ficar alguns dias sem postagens de âmbito político relacionadas com a Guiné-Bissau, e veremos que a despoluição mental e emocional de muitos de nós, começará a ser uma realidade, que irá, inclusive, melhorar a relação interpessoal, familiar, profissional e outra, de cada um de nós.

Silêncio, sempre que o que tens para dizer pode piorar ao invés de melhorar algo…

De regresso ao meu Silêncio…

Didinho 05.06.2020

Cidadania e Direitos Humanos, Didinho, Sociedade,

Fernando Casimiro

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Didinho é o nome literário de Fernando Jorge Gomes da Fonseca Casimiro, nascido em Bissau, República da Guiné-Bissau em 15 de Agosto de 1961, onde fez os seus estudos primários e secundários. Desportista polivalente, foi professor de Judo, tendo participado nalgumas manifestações nacionais e internacionais da modalidade. Em Novembro de 1981, deixou Bissau, rumo a Angola, onde veio a ingressar na marinha mercante grega, tendo em 1984 atingido o posto de Oficial Maquinista Naval. Após deixar a marinha mercante em 1988, fixou residência em Portugal, onde trabalha na área de Manutenção Industrial e Metalomecânica. Empenhado no desenvolvimento e promoção do seu país, criou em 2003 o Projeto “Guiné-Bissau: Contributo” https://www.didinho.org com o objetivo de sensibilizar a opinião nacional e internacional para os problemas da Guiné-Bissau e de contribuir para a busca de soluções para os mesmos. Frequentou o curso de licenciatura em Ciências Sociais, da Universidade Aberta de Lisboa, tendo a Ciência Política e a Administração Pública como áreas de especialização. É Consultor para assuntos Políticos, Comunicação e Informação. Autor de vários artigos sobre a Guiné-Bissau, colabora com diversos órgãos de informação. Didinho é sócio efetivo nº 1441 da Associação Portuguesa de Escritores desde 23 de maio de 2017 Livros do autor 03.01.2022 – GUINÉ-BISSAU CRISE POLÍTICA 2015-2016 – Análise política e contributos afins – Euedito Depósito Legal: 493726/22 ISBN: 978-989-9072-38-1 ________________________ 09.05.2018 – MINHA TERRA, MEU UMBIGO – Euedito Depósito Legal: 441102/18 ISBN:978-989-8856-92-0 ________________________ 16.08.2016 – O MEU PARTIDO É A GUINÉ-BISSAU - COLECTÂNEA DE TEXTOS EDITORIAIS - VOL. I - 16.08.2016 – Euedito Depósito Legal: 413977/16 ISBN:978-989-99670-1-4 ________________________ 22.08.2016 – O MEU PARTIDO É A GUINÉ-BISSAU - COLECTÂNEA DE TEXTOS EDITORIAIS - VOL. II – Euedito Depósito Legal: 413977/16 ISBN: 978-989-99670-3-8 ________________________ 08.10.2016 – O MEU PARTIDO É A GUINÉ-BISSAU - COLECTÂNEA DE TEXTOS EDITORIAIS - VOL. III – Euedito Depósito Legal: 413977/16 ISBN: 978-989-99670-8-3 Contatos: Email: didinhocasimiro@gmail.com Telemóvel: +351 962454392 WhatsApp – Fernando Casimiro +351 962454392 https://www.euedito.com/Didinho https://www.didinho.org