Há que ser realista e admitir que, o envolvimento cidadão guineense, no interesse de todos, de um Todo que é a Guiné-Bissau, esteve sempre e continuará a estar, mais virado para o compromisso político-partidário, do que para com o compromisso cidadão, na essência para com o Interesse Nacional, quiçá, com o País.
A aposta desenfreada na criação de mais partidos políticos (bem como a manutenção de partidos que só acrescentam número na estatística sobre a existência de partidos políticos guineenses, quando deveriam ser extintos, caso não conseguissem atingir um número de votos a cada eleição legislativa) e a estratégia de mobilização de um número cada vez maior de cidadãos, para vinculação, compromisso e acção dos partidos políticos, transformou o País numa autêntica feira de diversão, com todo o tipo de jogos de poder, na qual os principais vendedores da famosa “banha da cobra” são os líderes político-partidários.
Para a maioria dos cidadãos guineenses, infelizmente, e lamento por isso, as referências nacionais foram e continuarão a ser sempre, personalidades representativas dos partidos políticos, que, obviamente, continuarão a merecer a sua confiança e, consequentemente, a ser os mesmos de sempre no dirigismo nacional, e na continuidade da promoção do retrocesso do País.
Com realismo, importa (re) considerar, (re) avaliar, voltar a tirar ilações, sobre o que de facto pretendem os meus irmãos guineenses, quando reivindicam por mudanças positivas, pois é cada vez mais difícil de entender…
Não é; não será possível nenhuma mudança positiva na Guiné-Bissau, com os mesmos de sempre, ou apoiando os mesmos de sempre; ignorando valores nacionais promotores de projectos alicerçados por perspectivas de mudança, numa vertente cidadã, de compromisso cidadão, para com o Interesse Nacional, quiçá, para com o País!
Com realismo, positivismo e construtivismo de sempre, Guiné ka na maina!
Didinho 31.12.2018