O dever da responsabilidade

O DEVER DA RESPONSABILIDADE

Quem pensa a Guiné-Bissau e faz análises sobre a Guiné-Bissau, com visão, rigor, isenção e responsabilidade, muitas vezes deve reservar a sua visão mais aprofundada, para salvaguarda do seu compromisso para com o País, tendo em conta a defesa do Interesse Nacional.

Há situações que a nossa “visão” e percepção nos transmitem, mas não podemos simplesmente pegar nisso para explicar a uns e outros habituados a ler as nossas reflexões e análises, o que é que pode ou não acontecer; se vai ou não acontecer, tudo, tendo em conta hipóteses, possibilidades, sustentadas ou imaginárias.

Disse sempre e repito, que escrevo com responsabilidade!

Não esperem que venha a escrever sobre “alas” quer a nível dos Órgãos de Soberania, quer a nível do Partido vencedor das últimas eleições legislativas na Guiné-Bissau, o PAIGC para dessa forma promover a divisão do nosso povo. NÃO!

O meu desejo é que todos os actores políticos e da governação se entendam, dialogando, discutindo, divergindo e convergindo, sempre que necessário, em sede própria e em tempo oportuno.

Que suas divergências sejam saudáveis e permitam discussões construtivas, em benefício da Guiné-Bissau e do Povo Guineense.

Que qualquer situação de incompreensão de uma parte tenha como resposta compreensão e tolerância da outra parte, factores decisivos na prevenção de conflitos pessoais e institucionais.

Temos que ser capazes de nos enfrentar como Seres Humanos, ou seja, de forma civilizada, olhos nos olhos e conversar.

Tem que haver espaço para cada um dizer o pensa que não está bem, assim como é fundamental haver respeito, consideração e humildade para se ouvir o que o outro também tem a dizer sobre o que dificulta a relação pessoal ou institucional que divide pessoas e instituições sobre a causa comum, a nossa Guiné-Bissau.

Por que continuamos a digladiar, quando temos tudo para nos afirmar como País e Povo?

A quem serve tantas disputas de protagonismo; para quê tantas manifestações gratuitas de “amor à Pátria”, quando estamos em conspiração permanente, por desconfiança até da nossa própria sombra…?!

Quarenta e dois anos de independência não serviram de lição para chegarmos à conclusão de que, só unidos podemos viver em Paz e Harmonia?!

Quarenta e dois anos de independência não serviram de lição para concluirmos que o País só pode avançar com a participação de todos, sem protagonismos de poder ou da sua reivindicação…para que possamos obter/conquistar o almejado bem-estar colectivo?!

De que adianta, meus irmãos, tanta “guerra” pelo Poder?!

O que querem para lá do Poder institucional e dos seus subsequentes poderes derivantes que já têm…?!

Como podem pôr as vossas divergências político-partidárias acima do Interesse Nacional, se o Partido de todos os Guineenses é a Guiné-Bissau?!

Haja contenção e tolerância, procuremos sempre a aproximação e o diálogo, para conseguirmos reganhar a suposta confiança perdida.

A Guiné-Bissau é de todos nós, por isso, não podemos nem devemos comprometer o Bem-Comum, sejam quais forem as nossas razões pessoais, que jamais podem sobrepor-se às razões e motivações colectivas!

Vamos continuar a trabalhar, de mãos dadas, juntando cabeças, repartindo esforços e vontades porque A Guiné-Bissau é a soma dos interesses de todos os guineenses E NÃO DOS INTERESSES DE UM GRUPO OU DE GRUPOS DE GUINEENSES! Didinho 23.06.2015

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Fernando Casimiro

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Didinho é o nome literário de Fernando Jorge Gomes da Fonseca Casimiro, nascido em Bissau, República da Guiné-Bissau em 15 de Agosto de 1961, onde fez os seus estudos primários e secundários. Desportista polivalente, foi professor de Judo, tendo participado nalgumas manifestações nacionais e internacionais da modalidade. Em Novembro de 1981, deixou Bissau, rumo a Angola, onde veio a ingressar na marinha mercante grega, tendo em 1984 atingido o posto de Oficial Maquinista Naval. Após deixar a marinha mercante em 1988, fixou residência em Portugal, onde trabalha na área de Manutenção Industrial e Metalomecânica. Empenhado no desenvolvimento e promoção do seu país, criou em 2003 o Projeto “Guiné-Bissau: Contributo” https://www.didinho.org com o objetivo de sensibilizar a opinião nacional e internacional para os problemas da Guiné-Bissau e de contribuir para a busca de soluções para os mesmos. Frequentou o curso de licenciatura em Ciências Sociais, da Universidade Aberta de Lisboa, tendo a Ciência Política e a Administração Pública como áreas de especialização. É Consultor para assuntos Políticos, Comunicação e Informação. Autor de vários artigos sobre a Guiné-Bissau, colabora com diversos órgãos de informação. Didinho é sócio efetivo nº 1441 da Associação Portuguesa de Escritores desde 23 de maio de 2017 Livros do autor 03.01.2022 – GUINÉ-BISSAU CRISE POLÍTICA 2015-2016 – Análise política e contributos afins – Euedito Depósito Legal: 493726/22 ISBN: 978-989-9072-38-1 ________________________ 09.05.2018 – MINHA TERRA, MEU UMBIGO – Euedito Depósito Legal: 441102/18 ISBN:978-989-8856-92-0 ________________________ 16.08.2016 – O MEU PARTIDO É A GUINÉ-BISSAU - COLECTÂNEA DE TEXTOS EDITORIAIS - VOL. I - 16.08.2016 – Euedito Depósito Legal: 413977/16 ISBN:978-989-99670-1-4 ________________________ 22.08.2016 – O MEU PARTIDO É A GUINÉ-BISSAU - COLECTÂNEA DE TEXTOS EDITORIAIS - VOL. II – Euedito Depósito Legal: 413977/16 ISBN: 978-989-99670-3-8 ________________________ 08.10.2016 – O MEU PARTIDO É A GUINÉ-BISSAU - COLECTÂNEA DE TEXTOS EDITORIAIS - VOL. III – Euedito Depósito Legal: 413977/16 ISBN: 978-989-99670-8-3 Contatos: Email: didinhocasimiro@gmail.com Telemóvel: +351 962454392 WhatsApp – Fernando Casimiro +351 962454392 https://www.euedito.com/Didinho https://www.didinho.org