DO BAÚ DE UM JORNALISTA - A PROPÓSITO DE JOSÉ MÁRIO VAZ...
Segunda-feira, 27 de Fevereiro de 2012
Quarta-feira, 9 de Novembro de 2011
Discussão violenta com ministro das Finanças leva à exoneração do director-geral das Alfândegas
A primeira consistia em cobrar impostos no valor de vários mil milhões de francos CFA para os cofres do Tesouro. Domenico cumpriu. Depois José Mário Vaz exigiu, ainda segundo a nossa fonte, «mais 7 mil milhões até ao final de dezembro».
Domenico Sanca terá contestado, primeiro, os números lançados pelo ministro, e depois o curto espaço. Contudo, Jomav não cedeu e terá respondido em termos impróprios ao seu subalterno. Ainda segundo a nossa fonte, Domenico Sanca terá retribuido com «nem o meu Pai me fala assim. Não lho admito». Diz quem ouviu que os insultos trocados entre os dois foram demasiado fortes para serem reproduzidos.
Foi o fim para Domenico Sanca, um jovem quadro que já passou por esses serviços, conhecendo bem os cantos à casa. Aliás, foi durante o seu 'reinado' que se apreenderam várias mercadorias, escondidas de olhares alheios, ora em forros das viaturas ora em contentores, simulados entre mercadoria legal.
Depois foi tudo expedito. José Mário Vaz disse a Domenico Sanca que o exoneraria «por falta de confiança política», de seguida deu conhecimento da situação ao primeiro-ministro, e depois mandou lavrar a exoneração, assinada ainda nesse mesmo dia. Por seu lado, Domenico Sanca reuniu os seus directores para lhes dar conta da sua saída do cargo: «saio porque o ministro disse-me não tinha mais confiança política na minha pessoa»
António Monteiro, outro jovem quadro e até ontem director-adjunto de Controle de Gestão do Banco da África Ocidental - BAO, sucede a Domenico Sanca no cargo, acumulando com o de presidente do Conselho de Administração da Guiné-Telecom. AAS
Sábado, 3 de Abril de 2010
Jomav!, Jomav!, Jomav!
"O Todo-Poderoso ministro das Finanças (Jomav) no dia da sua fuga
ordenou os seus serviços (especialmente o Tesouro) que limpassem todas
as despesas não tituladas (DNT e mais sujidades) que ele fez nos
últimos tempos e que não podiam sair sem cumprir as suas ordens, e os
coitados tiveram que trabalhar ate a 1 da manhã, enquanto o Jomav
pegava no voo da TAP daquela madrugada com destino a Lisboa, levando
consigo mais de 13 milhões de FCFA que estavam nos cofres do Tesouro,
deixando para trás os seus homólogos francofonos da UEMOA - ministros
das finanças, directores de bancos, etc, a mercê das suas sortes.
Coitados, estavam todos no BCEAO com o Director Nacional (DN) no dia
seguinte (dia 1) aflitos cada um com o seu telemovel a falar com o seu
familiar. Pobre do DN, como o anfitrião da festa (Jomav) fugiu, ajudou
a acalmar os hospedes com esperança de que tudo vai passar."
NOTA: Jomav, será que me pode trazer um Nokia E61? É que o meu telefone avariou-se de vez, como o Zamora... 13 milhões sempre são 13 milhões...ou não? AAS
Quarta-feira, 21 de Abril de 2010
Uma obra JOMAV, pois claro
FOTO: AAS
O ministro das Finanças diz que não há dinheiro e coisa e tal. Mas há dinheiro para fazer obras em prédios paticulares - como a que ilustra a fotografia, e que é, nem mais nem menos do que um prédio do...JOMAV! E o senhor ministro das Finanças, o que diz mesmo? Ai, não diz nada? Ah, n´bom... AAS
Segunda-feira, 10 de Maio de 2010
JOMAV...bom biás! (e leva o Botché contigo, pá!)
E o embaixador Franco Nulli, da União Europeia, disse que nada mudaria, isto no que toca à UE.
O jornalista lançou então a chamada pergunta-rasteira. Sr. Embaixador, isso quer dizer mesmo o quê? E Franco Nulli 'caiu', "Até que a Guiné-Bissau volte a ser um Estado de Direito".
Ora bem. O embaixador quis dizer o quê com essa frase? Isto?: Que Zamora Induta seja posto em liberdade e retome o seu lugar (ilegal) de CEMGFA? E António Indjai, nesse caso, podia ir, por exemplo, para Estrasburgo. De certeza que se arranja por lá um tacho...
Eu acho que os europeus não têm sequer a noção deste país. Quando 'Nino' Vieira foi assassinado, a Europa pareceu-me um cão de caça sedento de um javali meio atordoado... Passaram 14 meses!!!
E quando Zamora foi nomeado CEMGFA, pese embora todo o barulho que essa monstruosidade inconstitucional gerou na Guiné-Bissau, não se ouviu um pio por parte da UE...
Aliás, tomaram mesmo Zamora como um deus qualquer que viria mudar o rosto das nossas forças armadas. É incrível, mas é a verdade.
É assim: se a União Europeia e o mundo estão fartos, façam o favor. A porta da rua é a serventia da casa! Não venham é maçar-nos com essa dualidade (feia) de critérios. Enganem analfabetos. Não venham é cansar que já está... cansado de mais. Tenham dó.
Quanto ao ministro das Finanças: vá-se embora. Fará um grande favor aos guineenes. E, quem sabe se sem o Jomav, a UE decida ir embora... AAS
Onde pára o Ministro das Finanças?
Os agentes regressaram de mãos vazias mas não desistiram. Desta vez, tentaram obter um mandado para que o secretário de Estado autorizasse e/ou assistisse à inspecção. A insistência da PJ tinha razão de ser - a viatura oficial do ministro estava à porta do ministério, mas nao deu frutos.
Onde está a colaboração institucional? O que esconde José Mário Vaz?
Contudo, no meio de toda esta agitação, o jornalista (eu!) assistia a cena. E fez dois bonecos com a carrinha da PJ, de perfil, e... acabou por ser detido. Assim:
Eu falava ao telefone, e alguém veio falar-me. Como é óbvio (manda a educação que não se inetrrompa alguém que está a falar, muito menos ao telefone) não lhe liguei nenhuma. "O que você quer? Eu não o conheço e estou a conversar". Subi o vidro, liguei o motor e accionei o ar condicionado. O que eu fui fazer!!!
De repente, ouvi um baque do lado direito. Não é que a PJ, pensando que eu ia fugir, bloquearam o meu carro de lado e atrás?! Conversa puxa conversa, acabei por apagar as fotografias, e, depois, fui levado à Juíza. Defendi-me o melhor que pude: "Sra. Juíza, se encontrar uma fotografia que seja do carro da PJ, ok; se não encontrarem, eu processo a PJ". Vi olhos esbugalhados. Já ninguém era cúmplice.
Mas como no nosso País as coisas começam a tomar forma - a nível da Justiça - a Juíza (uma verdadeira Juíza), lá apaziguou os ânimos e acabou tudo em palmadinhas nas costas e coisa e tal. Mas garanti aos agentes isto: "Amigos, vocês apanham os bandidos, e eu só quero fotografá-los. Quando sair daqui, não vos conheço nem vocês a mim". E lá saí em liberdade e a assobiar para ao lado. JOMAV, deves-me uma! AAS
Fantasmas me mordam se isto não pode dar início à ‘Operação Netetu’ no Parlamento...
Senhores presidentes; do parlamento e do PAIGC
Como sabem, Excelências, há quase que uma rotina instalada nos últmos 15 dias no País: o Ministério Público não nos tem parado de surpreender pela positiva. A limpeza a que se tem sujeito o Ministério das Finanças, revelou, agora, outra indecência da nossa vida política:
Afinal, temos (pelo menos um) ‘deputado’ no Parlamento (e o Parlamento continua caladinho como se não fosse nada com ele) que nem sequer foi eleito nas listas do seu partido – o PAIGC, para Deputado da Nação. Porém, quando eles (o PAIGC, bem entendido) e a tropa fizeram a cama ao Baciro Dabó, tudo se precipitou.
Hoje, Rui Diã de Sousa, viu-se metido em dois becos sem saída, porém com várias janelas: para além de ocupar ilegalmente – ainda por cima como líder parlamentar da bancada do PAIGC !?, Rui Diã de Sousa, tem por obrigação de esclarecer a opinião pública, sobre duas coisas: porque ocupa, ilegalmente, um lugar na Assembleia Nacional Popular, e porque está a sua mulher detida preventivamente no âmbito da ‘Operação Fantasma’ – corrupção, falsificação de documentos, enfim, a roubalheira que todos sabemos.
Hoje, no café, alguém comentava como ser possível um marido ver a mulher chegar com tantos bens e não querer sequer saber da sua proveniência. É uma pergunta pertinente, e que qualquer pai faz a um filho se este chega a casa com uns ténis de marca, ainda que falsos como Judas.
Ao PAIGC e ao seu presidente, uma questão apenas: em que ficamos? Ou será que isto precisa é de um deputado não eleito em cada assento do parlamento? Ao presidente do Parlamento, um jurista: será possível isto acontecer??! AAS