Considerandos e 9 Pontos sobre o Desafio da Candidatura às Presidenciais de 18 de Março de 2012

 

Kafft Kosta

06.02.2012

Recebi com enorme orgulho e responsabilidade o pedido que me dirigiram há dias, no sentido de me candidatar às eleições presidenciais de 18 de Março próximo.
Reflectindo, pus-me em campo na última semana. Ponderei, escutei, estabeleci contactos, li o país e o processo sócio-político.
As opções exaltantes e dilemáticas eram:
- Aceitar o repto patriótico que me foi lançado e apresentar a minha candidatura às eleições presidenciais de 18 de Março de 2012;
- Ou desculpar-me e não me candidatar às eleições de 18 de Março.
Tendo pesado racionalmente todos os argumentos que militam a favor de cada uma dessas opções, venho agora partilhar a minha difícil decisão com os que tiverem a amabilidade de me ler e ouvir:
1. Tenho-me distanciado da política, antes e durante o exercício dos 15 anos da judicatura. Como me distanciaram recentemente do exercício de funções judiciais, achei, então, que seria saudável deixar passar um intervalo de tempo razoável, antes de, eventualmente, abraçar outros projectos que não os académicos (as missões de natureza política não entrariam nos engajamentos a ter nos tempos mais próximos). Até lá, a política continuaria a ser, como tem sido desde os tempos de estudante universitário, um puro objecto de estudo. E a minha dedicação quase-exclusiva iria apenas para a investigação científica e o ensino de Direito – uma das minhas grandes paixões.
2. Entretanto, aparece, de rompante, o desafio feito por respeitadas personalidades, que julgam poder eu liderar um projecto de renovação e reconciliação nacional nestas presidenciais, facto que me compeliu a pôr em reponderação os meus planos de vida.
3. Comungo da opinião segundo a qual devemos dar o nosso melhor para a construção de uma “Guiné Positiva”, podendo ser as eleições presidenciais e o cargo de Presidente da República importantes ferramentas para a consecução desse nobre ideal.
4. Mas, em menos de 2 meses, ser-nos-á extremamente difícil – para não dizer impossível – montar uma máquina eleitoral que:
Cubra o país; dissemine o projecto; faça eficazmente o jogo político; controle o processo eleitoral desde a candidatura até à última divulgação dos resultados eleitorais…
5. A logística (recursos humanos, materiais e financeiros) é, pois, de difícil montagem e operacionalização neste curto hiato temporal. E eu, pessoalmente, não disponho de bases financeiras mínimas que contribuam para suportar esta candidatura presidencial.
6. É preciso mais tempo, reflexão, discussão, meios e organização, para se lançar um projecto desta profundidade, se se pretender que ele seja marcante, mobilizador e ganhador.
7. Pelas razões expostas atrás, lamento, com uma grande dor, dizer-vos, caros Amigos e compatriotas, que não vejo condições (temporais, materiais e organizativas) para eu assumir uma candidatura ganhadora nestas próximas eleições presidenciais de 18 de Março de 2012.
8. Continuarei, entretanto, a tentar servir o melhor que puder e souber o nosso querido país, na investigação, no ensino universitário e no que eu lhe puder ser útil.
Pretendo proximamente acabar os projectos de investigação que venho desenvolvendo, de forma a poder submeter-me às derradeiras provas que exige a Academia.
9. Agradeço profundamente a consideração e confiança que me manifestaram com o vosso apelo e estou certo de que acabaram de abrir uma estrada para a Renovação Nacional. Saibamos alargá-la, alongá-la e aprofundá-la!
Até sempre!
KAFFT KOSTA

 


 

Fernando Casimiro (Didinho)

didinhocasimiro@gmail.com

06.02.2012

Fernando Casimiro (Didinho)Venho por este meio agradecer publicamente ao Professor Doutor Emílio Kafft Kosta pela elevada consideração face ao desafio recentemente lançado de se candidatar às eleições presidenciais de 18 de Março próximo. Com elevação, dignidade, responsabilidade, coerência, e acima de tudo, com humildade e sapiência, o Professor Kafft Kosta soube parar para reflectir, conversar, ouvir, avaliar e, finalmente, decidir.

Decidiu pela melhor opção do momento, face às adversidades que o curto espaço de tempo de preparação para as eleições antecipadas colocam. Porém, o desafio lançado, tal como referiu o Professor Kafft Kosta, " é uma estrada para a Renovação Nacional".

A via está aberta Professor Doutor Kafft Kosta!

Obrigado!

Didinho

A PROPÓSITO DO ARTIGO 71/2 DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA DA GUINÉ-BISSAU 21.01.2012

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Cultivamos e incentivamos o exercício da mente, desafiamos e exigimos a liberdade de expressão, pois é através da manifestação e divulgação do pensamento (ideias e opiniões), que qualquer ser humano começa por ser útil à sociedade! Didinho

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