RESPONDENDO A UMARO DJAU E A JOÃO CARLOS GOMES
Por: Fernando Casimiro (Didinho)
29.01.2009
Tinha dito que não voltaria a este assunto, por falta de tempo, pois preciso concluir alguns trabalhos que estou a desenvolver. Quando explicar melhor como funciona este site, saberão perceber melhor que quando digo que não tenho muito tempo é porque não o tenho mesmo!
Volto a este assunto porque João Carlos Gomes fez questão que eu ligasse o seu texto ontem publicado "A DOR QUE AFLIGE A GUINÉ-BISSAU E, O SEU POVO, É MAIOR E, MAIS IMPORTANTE DO QUE A MINHA! ", como sendo a sua contra-resposta ao que eu tinha escrito sobre as questões levantadas por ele e também pelo Umaro Djau.
Bem, faço a ligação sim e aproveito para deixar o meu ponto de vista sobre o texto do João Carlos, até porque com o Umaro Djau ficou tudo esclarecido.
João,
Não liguei o teu texto ao meu porque, apesar de lamentar o que sofreste na altura e, reconhecer que é sempre bom alguém dar a conhecer factos ocorridos durante a guerra de 98/99, não vejo paralelismos do (teu) caso que relataste, com as questões levantadas com a minha denúncia das ameaças de morte que recebi, assim como do convite do hi5.
Sinceramente, para mim, não há nenhuma relação entre o que relataste e as questões consequentes das denúncias que fiz, até porque o que me levou a referenciar-te no texto " Respondendo a Umaro Djau e a João Carlos Gomes", está suficientemente claro e sublinhado na mensagem que me enviaste conforme segue:
Caro Didinho,
Achei extremamente interessante esta comunicacao tua. E que, recebi um pedido do mesmo individuo, ha cerca de um ano, mas nao respondi, por causa do nome de identificacao que fala por si (Shakaman1976 Mocador). O individuo em questao enviou-me mesmo uma menssagem de pesames por ocasiao do falecimento do meu pai, em Outubro ultimo. Por isso, nao posso acreditar que tenha sido o Presidente Nino Vieira. No entanto reproduzo aqui fielmente, o pedido que me foi enviado. (Apos varias tentativas de envio, do 'attachment' (anexo), parece que, se calhar por causa do nome de identificacao, a copia do 'hi.5' esta bloqueada, mas esta disponivel na minha pagina). |
A tua questão, João, mereceu a minha explicação de forma sustentada.
Agora, depois deste teu texto/resposta pergunto-te o seguinte:
Conseguiste aceder à página que referenciei como sendo do Nino no hi5?
Falaste com alguém que acedeu à página que dei a conhecer como sendo do Nino no hi5?
Alguém partilhou contigo que ao clicar no link que disponibilizei ao invés de aceder à página com o nome de GENERAL KABI, entrava directamente na página de um tal shakaman 1976 mocador?
Se acedeste à página que referi, viste a lista dos amigos de Nino?
Viste os comentários lá postados?
Viste as fotos, muitas inéditas e da luta de libertação, bem como outras actuais que lá se encontram?
Quem poderia disponibilizar tudo isso nessa página, que não o dono dessas fotos ou a pedido dele?
Se viste tudo isso ainda tens dúvidas?
Se não chegaste a aceder à tal página, então, nem vale a pena falarmos de jornalismo de investigação, pois fico sem saber o que quer isso dizer.
Fico por aqui, respeitando todas as opiniões sobre este e qualquer assunto em debate aqui no nosso site.
Temos que falar, temos que discutir, mas não devemos perder tempo confrontando afirmações de pessoas que se têm pautado pela seriedade.
Para a análise de todos:
Resido em Portugal, há quem de direito neste país que sabe que este Projecto existe e sei que se mentir, fazendo encenações sobre ameaças de morte à minha pessoa, serei a primeira vítima dessa mentira!
Vamos continuar a trabalhar!
A DOR QUE AFLIGE A GUINÉ-BISSAU E, O SEU POVO, É MAIOR E, MAIS IMPORTANTE, DO QUE A MINHA!!!
Por: João Carlos Gomes *
28 de Janeiro de 2009
Oi
Didinho,
E agora?
5. No segundo caso, fui atacado, de novo, em público, em Outubro do mesmo ano, no 'Restaurante Bar Pelicano', ao tentar proteger a Miriam da Silva, esposa do Dr. Gabriel, dono desse estabelecimento (que se tinha tornado num dos locais de refúgio para muitos populares), após esta ter sido acostada por militares da Guiné-Conakry. Neste caso, um militar disparou vários tiros contra mim, na presença de muitas pessoas, sendo que escapei, sem saber como, até hoje.
6.
Quanto ao incidente de que foste vítima, talvez não me tenha explicado o
suficiente. É que, ao receber a tua denúncia sobre o acontecido, fiz um
'click' no 'link' que me enviaste e, graças a precauções que já tinha tomado na
minha própria página de ‘hi.5’, surpresa:
levou-me directamente
à pagina do, 'Shakman1976 mocadur', que por sinal, é também a página
actual que denunciaste como sendo do Presidente Nino Vieira, e, com todos os
elementos que avançaste. Foi assim que descobri a ligação. * Escritor/Jornalista Nova Iorque |
Por: Fernando Casimiro (Didinho)
28.01.2009
Caro irmão Umaro,
Não está, nem nunca esteve em causa a tua solidariedade, o teu apoio, desde sempre, em relação a mim e ao Projecto CONTRIBUTO.
Não existe desconfiança alguma nas nossas relações baseadas, desde sempre, na frontalidade e busca de respostas para questões com que temos sido confrontados.
O que abordei com o Helmer Araújo foi precisamente esta tua passagem e nada mais:
“ A dúvida que te coloquei não foi em relação à existência da ameaça da morte, mas sim se era de facto da parte de um tal Filinto. Em Jornalismo da investigação aplicamos muito o que se chama de "logical reasoning" o que quer dizer perguntar todas as questões pertinentes, antevendo dúvidas posteriores. Porque, logicamente falando, é inconcebível que alguém que esteja a viver num país europeu faça uma ameaça com tal gravidade ... publicamente”.
O Helmer Araújo assistiu, estava em minha casa e conhece o tal Filinto.
Eu tinha recebido uma mensagem via e-mail no Sábado e outra, do mesmo Filinto, no Domingo. Quando a pessoa que telefonou fez as ameaças, disse que era o Filinto. Foi o que dei a conhecer.
Qualquer pessoa pode duvidar, mas creio que ao longo destes anos todos, não tenho dado margem de manobras para que se suspeite das minhas afirmações, o que não é o mesmo que contrariar os meus artigos de opinião.
Fazer uma afirmação como fiz em relação à pessoa de Filinto de Pina, julgo ser inquestionável da forma como dizes, até porque é nesta Europa que se conhecem muitas ameaças pela Internet, por telefone, por carta etc. e é por ser nesta Europa, com sistemas de investigação adequados, que os envolvidos nessas ameaças são detectados e colocados sob a alçada da Justiça.
Porque é que por se residir na Europa é impensável alguém ser ingénuo ao ponto de fazer uma ameaça de morte a outra pessoa?
Será que o Filinto de Pina sabia que o Didinho iria descobrir de imediato quem ele é?
Sabia o Filinto de Pina que por exemplo, o Didinho estava rodeado de outra pessoa, neste caso, o Helmer, que testemunhou a ocorrência?
Não, não está em causa a nossa relação de amizade e patriotismo, meu caro irmão Umaro!
Aproveito para dar um outro exemplo sobre este caso e a resposta que vai para ti serve igualmente para o nosso irmão e colaborador do Projecto CONTRIBUTO, João Carlos Gomes que ontem enviou-me uma mensagem que no essencial diz não acreditar que o convite do hi5 que divulguei tenha sido feito por Nino Vieira.
O João Carlos Gomes escreveu:
“Caro Didinho,
Achei
extremamente interessante esta comunicacao tua. E que, recebi um pedido do
mesmo individuo, ha cerca de um ano, mas nao respondi, por causa do nome de
identificacao que fala por si (Shakaman1976 Mocador). O individuo em questao
enviou-me mesmo uma menssagem de pesames por ocasiao do falecimento do meu pai,
em Outubro ultimo. Por isso, nao posso
acreditar que tenha sido o Presidente Nino Vieira. No entanto reproduzo
aqui fielmente, o pedido que me foi enviado. (Apos varias tentativas de envio,
do 'attachment' (anexo), parece que, se calhar por causa do nome de
identificacao, a copia do 'hi.5' esta bloqueada, mas esta disponivel na minha
pagina).
Não estarei a pôr em causa as minhas relações de amizade com o João Carlos, aliás, o João Carlos é um irmão para mim, pois foi baptizado pelo meu falecido pai.
Não estarei a pôr em causa os conhecimentos informáticos do João Carlos se disser que, qualquer convite formulado pelo hi5 só corresponde ao nome de utilizador da pessoa que cria a sua página.
Quando se recebe um convite do hi5, ele não faz referência ao endereço de e-mail de quem nos convida, mas sim, o nome de utilizador, ou seja, da pessoa que criou a página, sendo esse nome de utilizador único.
O convite que me foi endereçado veio em nome do General Kabi e não em nome de nenhum Shakaman!
Quem visitar a página dada ao General Kabi não encontrará nenhuma referência a qualquer Shakaman. E quem, para além do Nino Vieira teria as fotos inéditas dele, que estão representadas nessa página?
Quem é que não conhece a forma de se posicionar do Nino, perante as palavras de cariz pessoal que estão nessa página?
Agora, não descarto a possibilidade de não ser ele o editor da sua página, delegando essa tarefa a alguém da sua confiança e proximidade.
Pergunto:
Porque será que o João Carlos não pode acreditar que o convite tenha sido de Nino Vieira?
Se ele não pode acreditar no que o Didinho reproduziu e que todos podem analisar, acedendo à página em questão no hi5, isso quer dizer o quê?
Que o Didinho não está a dizer a verdade?
Que o Didinho não sabe como funciona estas coisas do hi5?
Que o Didinho deixou-se enganar?
É claro que não tenho dúvidas sobre o convite que recebi do hi5!
É claro que não preciso, nunca precisei de fazer encenações, porque o meu protagonismo baseia-se na seriedade deste Projecto e, por assim dizer, de todos quantos têm colaborado para a sua melhoria e afirmação.
Há momentos delicados na vida das pessoas e, quando somos amigos e colegas de alguém, devemos considerar as questões delicadas colocadas, analisar a fundo e só depois pronunciarmo-nos.
Penso não ter enganado ninguém, até hoje, com tudo o que tenho escrito ao longo destes anos!
A verdade é a luz que me guia!
Muito obrigado e, como devem compreender, não voltarei a estas questões, quer do Umaro, quer do João Carlos, pois preciso concluir alguns trabalhos que estou a desenvolver e, na verdade, sobra-me cada vez menos tempo para estar em todas as frentes.
Isto não quer dizer que quer o Umaro, quer o João Carlos não podem fazer a contra-resposta ao meu ponto de vista, contra-respostas essas que serão publicadas no site, se essa for a vontade de ambos.
Muito obrigado!
Didinho
Amigo Didinho,
Fico deveras preocupado com uma das passagens no artigo de Helmer Araújo. E sou-me obrigado a respondê-lo.
Helmer escreveu:
"...fui hoje confrontado pelo próprio, com as dúvidas levantadas por alguns conterrâneos nossos, sobre este episódio, que acima retrato. E qual não foi, o meu espanto, quando o Didinho me disse, que uma dessas pessoas foi, nada mais, nada menos, o Umaro Djau, um jornalista, que penso, mais do que ninguém conhece as técnicas, utilizadas na Guiné para tentar silenciar algumas pessoas. Veio-me à memória de relance uma estória, que gostaria se possível obter resposta, na primeira pessoa. A saber: conta-se que nos tempos idos da ditadura, houve um jornalista da televisão que teve, para muitos o desplante, de ao comentar um discurso do general Nino Vieira, a ousadia de utilizar a palavra "açucarado"…
Caro Didinho ... Eu tomei a iniciativa, pela primeira vez, de te telefonar (dos EUA) e oferecer o meu apoio moral pelas ameaças que tens recebido desenvolvendo um trabalho árduo em prol da causa guineense. Este gesto solidário partiu depois de uma conversa telefónica que tive com um dos nossos conterrâneos a residir no Canadá. Eu prometi-lhe inteirar-me sobre o assunto e oferecer-te o meu apoio.
Foi daí que na manhã de Terça-feira, 27 de Janeiro de 2009 decidi ligar-te. Durante a nossa conversa telefónica de vinte minutos pedi que tenhas calma e que não acredites em ameaças das pessoas como aquele que mencionaste, pelo simples facto de, nas minhas palavras, "quem te quer matar, não te avisa, sobretudo se uma tal pessoa reside num país europeu". Também ofereci-te alguns conselhos em como evitar pessoas como possam a vir colocar a tua integridade física em causa, incluindo pessoas amigas.
Caro Didinho, não me pareça que eu tenha questionado a existência ou ocorrência de uma tal chamada telefónica da parte de qualquer que seja. A dúvida que te coloquei não foi em relação à existência da ameaça da morte, mas sim se era de facto da parte de um tal Filinto. Em Jornalismo da investigação aplicamos muito o que se chama de "logical reasoning" o que quer dizer perguntar todas as questões pertinentes, antevendo dúvidas posteriores. Porque, logicamente falando, é inconcebível que alguém que esteja a viver num país europeu faça uma ameaça com tal gravidade ... publicamente.
E nunca pensei que seria um insulto telefonar ao Didinho, debater o
caso e oferecer-lhe o meu apoio. Obviamente, a minha intenção não
foi de criar um "espanto" ou questionar a veracidade das suas
afirmações em relação ao Filinto, do qual nunca ouvi falar antes.
Umaro Djau 28.01.2009
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