VIOLÊNCIA DOMÉSTICA II
Nomes a reter: MMATSHILO MOTSEI e a ADAPT, África do Sul
18.05.2013 O artigo que se segue é uma tradução pessoal do artigo original de um Boletim da ASHOKA, a Ashoka´s Impact (2012, USA),pois será interessante de ser lido por quem não lê a língua inglesa, pelo contributo que traz à qualidade de vida das mulheres africanas e das mulheres em todo o mundo. Assim, voltando com uma nova perspectiva e respostas sobre a violência doméstica: «O IMPACTO Quando Mmatshilo Motsei foi eleita Parceira, ninguém, na África do Sul, falava de abuso doméstico. Era tabu e invisível, mas existia em todo o lado. Mmatshilo pôs mãos à obra. Persuadiu vários hospitais a agir e continuou a insistir. Hoje, é plausível que vários profissionais médicos detectem os sintomas de abuso e saibam como responder. Mmatshilo Motsei foi pioneira no serviço a todos quantos estavam no ciclo do abuso. A sua ADAPT providencia aconselhamento e serviços de apoio a mulheres, homens, jovens e idosos vítimas de abuso. A ADAPT alcança, especificamente, os homens, oferecendo aconselhamento e apoio a agressores presos por violência contra as mulheres, formação para a sensibilização sobre o género, formação em aconselhamento do trauma, e orientação a rapazes das escolas locais. Três anos depois de ter sido eleita Parceira da Ashoka, o novo presidente da África do Sul, Nelson Mandela, pediu a Mmatshilo que servisse no governo, como assessora nacional das questões relacionadas com as mulheres e o género. A partir deste ponto de vantagem e posteriormente, foi capaz de estender a metodologia da ADAPT por toda a África do Sul, ajudando a estabelecer políticas nacionais adequadas sobre as questões de género. Também alargou o seu trabalho ao Quénia e a outros países. A nova ideia A fim de combater um dos piores níveis mundiais de violência doméstica contra as mulheres, Mmatshilo Motsei e a sua organização ADAPT: (1) trabalham com organizações da comunidade para ensinar sobre as dinâmicas deste abuso; (2) promovem o desenvolvimento de políticas e o compromisso das equipas hospitalares, de hospitais ou outras instituições de saúde a fim de detectarem e providenciarem os cuidados adequados a mulheres vítimas de abuso; (3) pressionam a consciência nacional e local, e a mudança de políticas. A ADAPT reconhece que enquanto os homens são os primeiros agressores da violência baseada no género, também são eles centrais à solução.»
Tradução do artigo original da Ashoka´s Impact, por Sandra Cardão, 2013
A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA Sandra Cardão 27.03.2011
* Sandra Cardão nasceu em Angola, é Licenciada em Psicologia Clínica, fez estágio na área da Psicogerontologia e tem trabalhado no âmbito escolar com crianças do Ensino Básico (integração de minorias, crianças carenciadas). Também é Facilitadora de Grupos de Jovens para a Promoção do Desenvolvimento Pessoal. É Autora e Formadora Certificada.
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