Por Sapo Desporto c/Lusa sapodesporto@sapo.pt
José Medina Lobato reagia desta forma à queixa-crime interposta na Procuradoria quinta-feira pelos clubes da Guiné-Bissau contra a sua gestão na Federação. Os clubes pretendem saber onde param os 250 mil dólares (cerca de 175.000 euros) que a FIFA entrega à FFGB todos os anos.
“Isso mostra um certo desconhecimento dos regulamentos da federação. Os clubes são uma associação e a federação tem os seus estatutos, a Procuradoria é uma instituição do Governo, não tem nada a ver nesse assunto por não ser associativa”, defendeu Lobato.
Os clubes, alegando administração danosa dos fundos da federação doados pela FIFA e outras instituições, pediram a intervenção da Procuradoria e os da primeira divisão recusam-se a tomar parte no campeonato nacional.
“Nós da federação não lhe reconhecemos competência, a FIFA e a CAF [confederação Africana de Futebol] não lhe reconhecem competência para intervir no futebol”, assinalou José Medina Lobato, falando da Procuradoria.
“Os nossos problemas devem ser resolvidos no foro próprio. Temos órgãos próprios, conselho disciplina, conselho jurisdicional e ainda quem quiser pode recorrer à CAF ou à FIFA. Agora, não é o tribunal que irá resolver nada”, disse ainda Medina Lobato.
“Nós [Federação] temos os mesmos estatutos de uma embaixada”, frisou o presidente da federação guineense, realçando que qualquer intervenção, mesmo que do governo, obrigará a tomada de medidas da FIFA.
“O presidente da FIFA, Blatter, já disse que o assunto do futebol se resolve no seio do futebol, com os mecanismos próprios.