PERDOAI-LHES SENHOR, PORQUE NÃO SABEM O QUE DIZEM NEM O QUE FAZEM!

 

Por: Fernando Casimiro (Didinho)

didinho@sapo.pt

24.05.2008

O percurso da vida tem sempre 2 trajectos possíveis: o caminho do bem e o caminho do mal. Cabe a cada um escolher o seu caminho em função da sua interpretação do bem e do mal e, tendo em conta, o seu próprio conceito sobre a vida!

É o sucesso (a viabilidade e visibilidade) do Projecto Guiné-Bissau: CONTRIBUTO que faz com que algumas pessoas, de diferentes quadrantes e estatutos sociais entrem em desespero de causa, permitindo que sejam designadas como liberticidas, ou seja; os que destroem a liberdade.

Alegar a liberdade de expressão (direito fundamental de qualquer ser humano, baseado no respeito pela nossa própria liberdade em relação à dos outros), para desferir ataques pessoais de baixo nível, infundados, caluniosos, carregados de ódio e inveja, é de se denunciar e condenar, por muito que não queiramos partilhar o negativismo de certas situações, quando comunicamos com os nossos leitores.

Tenho por princípio ajudar na formação de uma mente sã.

Assumo que por vezes  sou duro nas palavras quando se trata da abordagem de questões nacionais, no entanto, até hoje, nunca ultrapassei os limites da crítica para enveredar pelo caminho de ataques pessoais, ao ponto de incluir nos meus textos nomes ou referências de familiares (insultando-os), de figuras públicas guineenses afectas aos sucessivos governos,  suspeitos de merecerem responsabilização pela situação em que a Guiné-Bissau hoje se encontra.

Nunca ataquei nenhum familiar do general João Bernardo Vieira, porque se é Nino Vieira que quero criticar, só a ele devo criticar e não os seus familiares!

Nunca ataquei nenhum familiar de Kumba Yalá, de Tagme Na Waie, de Hélder Proença, de Aristides Gomes, de Carlos Gomes Jr., de Francisco Fadul etc. pelas mesmas razões.

Há que saber estar e, acima de tudo, mostrar a todos qual a nossa verdadeira intenção, se é que estamos a trabalhar para o país, ou, simplesmente escrevemos para denegrir a imagem dos nossos governantes, incluindo os seus familiares.

Quando escrevo sobre figuras dos vários regimes a que assisti na Guiné-Bissau, faço-o sempre convicto de não estar a inventar nada, pois está na memória colectiva dos guineenses todo o passado recente da nossa terra, ainda que, compreensivelmente, não se possa apresentar documentações factuais dos horrores cometidos desde a independência. O que escrevo também é do conhecimento da maioria dos guineenses!

Recordo-me de uma vez ter escrito que o senhor António Alcântara Buscardini, morto durante o golpe de Estado de 14 de Novembro de 1980, ele que na altura era Secretário-Geral do Comissariado de Estado do Interior, o verdadeiro Homem da Segurança de Estado à época, era uma figura suspeita devido às matanças ocorridas durante o regime do então Presidente Luís Cabral.

Dizer que era uma figura suspeita é crime?

Não!

Será que  é incorrecto alistar António Buscardini na extensa lista de pessoas a quem se deve atribuir responsabilidades pelos crimes de sangue ocorridos na Guiné-Bissau?

Não!

Era ou não pelo senhor António Alcântara Buscardini que se definiam as estratégias e se tomavam as medidas de "rigor" em relação à Segurança de Estado na altura?

Claro que sim!

Apesar disso, nunca conotei qualquer familiar do senhor António Buscardini com as suas acções relatadas e ouvidas por guineenses em toda a Guiné-Bissau do pós-independência até ao golpe de Estado de 14 de Novembro de 1980.

Norberto de Carvalho, o Cote, escreveu relatos sobre a Resistência e Morte de António Buscardini.

Relatos da vivência e convivência do autor, que ajudam a esclarecer algumas verdades, as verdades que o Cote conhecia e que deu a conhecer. Também devemos ter em conta que, verdades há, que o próprio Cote desconhecia e que não relatou, o que significa que falar de António Buscardini não se resume às verdades relatadas por Norberto de Carvalho, mas também, às verdades relatadas, oralmente, por milhares de guineenses e não só!

Não estou aqui para ressuscitar fantasmas do passado, até porque, falar de António Buscardini é simplesmente rever páginas da nossa História, mas o que me faz recuperar este nome para este meu trabalho de hoje, tem a ver com o facto dos ataques pessoais de que tenho sido alvo, bem como a minha família e todos os colaboradores do Projecto CONTRIBUTO, que têm sido tratados por "Assimilados", terem proveniência num familiar do falecido António Buscardini, concretamente um seu sobrinho, que acha que deve ser o porta-voz da família, quando António Buscardini deixou família directa: esposa e filhos, por quem nutro merecido respeito, porquanto pessoas de bem.

Uma das causas dos ataques pessoais lançados no  blogue do sobrinho de António Buscardini, que tem como orientador, o senhor Doutor "Convenhamo-nos", tem precisamente a ver com a abordagem feita em relação à suspeição da participação e responsabilização do senhor António Buscardini nos crimes de sangue ocorridos na Guiné-Bissau.

Como escrevi há dias, a defesa da honra da família, mesmo sabendo da insustentabilidade dessa defesa é uma triste realidade que sustenta a defesa do interesse pessoal/familiar, em detrimento da defesa do interesse nacional, ou seja, do colectivo!

Os que se sentem ofendidos pela suspeição dos seus familiares na concretização de actos de terror, esquecem-se dos que ficaram sem os seus familiares por acções directas ou indirectas de pessoas que estiveram ou estão no dirigismo nacional. Como disse, não estou aqui para ressuscitar fantasmas do passado, mas há que lembrar que no presente, alguns desses fantasmas continuam em actividade, sem que nunca tivessem sido julgados e responsabilizados pelos seus actos!

Outra das causas dos ataques pessoais contínuos, tem a ver, obviamente, e como referi no início, com a Força deste Projecto.

O termo POSITIVISMO que introduzi nos meus textos foi detalhadamente analisado pelo senhor Doutor  "Convenhamo-nos", o orientador do blogue que achou que, pela carga dos insultos eu teria, mais dia, menos dia que responder à letra, aos mesmos insultos, comprometendo assim o exemplo de POSITIVISMO que tenho tentado transmitir aos guineenses e amigos da Guiné-Bissau.

Não sei se muitos teriam aguentado tamanha desconsideração (ler os comentários postados no blogue,), mas quando se está num Projecto como este, há que salvaguardar os interesses do colectivo e tem sido esta a minha postura, para que o nosso trabalho continue a ser útil aos guineenses e ao mundo.

Ao senhor Doutor  "Convenhamo-nos", o orientador do blogue, a frustração por não conseguir fazer um trabalho desta natureza  (bem tentou, criando vários blogues, sem ter conteúdo para eles), fá-lo inclinar para o trajecto do mal, o que é uma pena. Sugiro-lhe que faça uma cura espiritual para libertar sua mente e seu coração do ódio e da vingança!

Ao sobrinho do senhor António Buscardini, sugiro que aprenda a conviver com os que querem fazer algo de positivo para a Guiné-Bissau e tenha em consideração os exemplos dos jovens  Edson Incopté e Samuel Reis, cujas idades são referência na contribuição para a educação e formação do homem  e da mulher com mente sã, que pretendemos para a Guiné-Bissau e para o Mundo!

O Projecto Guiné-Bissau: CONTRIBUTO é um Projecto FORTE, sustentado por princípios de relacionamento saudável entre pessoas. Não pactua com intrigas, ou quaisquer outras formas de divisionismo; assumindo a Verdade e a Justiça como elos da mesma corrente que liga os seus colaboradores e leitores.

Aos insultos, respondemos com ética. À mentira, respondemos com verdade; a Verdade testemunhada pelos guineenses!

Nós debatemos ideias e opiniões no sentido de contribuirmos para o progresso da Guiné-Bissau. Não é nossa missão fiscalizar as azeitonas que cada um apanha do seu quintal, nem nos importa os milhões que cada um diz que tem.

Uma palavra de conforto e admiração para o Professor Doutor Joaquim Silva Tavares, que orgulhosamente consegui convencer a participar neste Projecto, a bem da Guiné e para orgulho de todos os guineenses de bem, ele que viu o seu estatuto académico, a bem dizer, o seu nome, destacado pela negativa, nos comentários postados no blogue do Duo de frustrados.

Leiam o Editorial de Junho da autoria do Professor Joaquim Tavares

O ódio faz das pessoas seres irracionais. "Vacinemo-nos" contra o ódio!

Vamos continuar a trabalhar!

COMENTÁRIOS AOS TEXTOS DA SECÇÃO EDITORIAL


Cultivamos e incentivamos o exercício da mente, desafiamos e exigimos a liberdade de expressão, pois é através da manifestação e divulgação do pensamento (ideias e opiniões), que qualquer ser humano começa por ser útil à sociedade!

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VAMOS CONTINUAR A TRABALHAR!

Projecto Guiné-Bissau: CONTRIBUTO

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